A inserção de tecnologias nas operações agrícolas não é uma estratégia recente. Ao longo da evolução de implementos na agricultura, o produtor sempre buscou novos métodos e ferramentas que pudessem aperfeiçoar os processos e, assim, aumentar a eficiência produtiva. Apesar desse histórico, ainda há muitos mitos sobre agricultura de precisão — o novo passo da evolução tecnológica no campo.
Preparamos este artigo para desmistificar algumas ideias equivocadas sobre o assunto e esclarecer algumas dúvidas comuns. Confira!
Entenda a agricultura de precisão
A agricultura de precisão é um sistema de manejo que lança mão de informações e tecnologias fundamentadas em variabilidades de tempo e espaço capazes de impactar os rendimentos das lavouras. O objetivo, portanto, é utilizar um conjunto de ferramentas para gerenciar as operações e nortear a tomada de decisões.
Uma vez que normalmente existe essa variabilidade dentro da fazenda, será necessário manejar a área de forma diferenciada. Algumas dessas variáveis incluem a fertilidade e a parte estrutural do solo, que mudam de uma área para a outra — e isso tem que ser levado em consideração para manejar de maneira adequada.
Levando isso para os fabricantes do maquinário, a agricultura de precisão engloba tudo que consegue colocar de ferramentas nas máquinas para fazer essa diferenciação, incluindo GNSS (Global Navigation Satellite System), SIG (Sistema de Informações Geográficas), sensores e dispositivos de automação. São instrumentos que permitem fazer o controle de tráfego, diminuir área de amassamento, aplicar defensivos em taxas variáveis, etc.
Tendo em vista esses conceitos, podemos dizer que a agricultura de precisão une três aspectos para garantir melhores resultados na produção:
- tecnologia da informação;
- competência gerencial;
- agregação de valor à produção.
Esses três pontos devem ser trabalhados simultaneamente para aprimorar a produtividade e a eficiência operacional.
A agricultura de precisão surgiu no Brasil na década de 90, quando algumas máquinas passaram a contar com receptores GNSS (Global Navigation Satellite System) e computadores de bordo que permitiam gerar mapas de fertilidade. Por aqui, essa prática tem sido mais aplicada em lavouras de milho, café, cana-de-açúcar, feijão e soja, principalmente na aplicação de defensivos. Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Goiás e Paraná são os estados brasileiros que lideram a aplicação da agricultura de precisão.
A Jacto é uma das fabricantes mundiais em atuação no Brasil, que se destaca no fornecimento de soluções de agricultura de precisão. 100% das máquinas automotrizes já saem com piloto automático. A linha de máquinas da família 30 sai com sistemas de telemetria — um módulo que usa sensores para capturar todos os dados da máquina e disponibilizar remotamente ao usuário por meio de uma conexão com a internet. Isso mostra que a agricultura de precisão já é uma realidade no agronegócio brasileiro, com base em tecnologias acessíveis ao produtor rural.
Conheça 5 mitos sobre agricultura de precisão
Apesar dessa disponibilidade, muitos agricultores perdem a oportunidade de garantir essa eficiência operacional por não ter informações exatas sobre a agricultura de precisão. Por isso, vamos agora esclarecer os principais equívocos sobre o assunto.
1. Vai tirar o emprego do campo
Essa ideia é difundida há muitos anos, desde a inserção das máquinas no cenário rural, por volta da Revolução Industrial. No entanto, esse é um mito. Acontece que a agricultura demanda hoje um novo tipo de profissional. Quanto mais tecnologia, mais capacitado o operador precisa estar para tirar o melhor proveito das ferramentas. Caso contrário, ele poderá utilizar a máquina de forma errada ou não colher todo o potencial da tecnologia.
Segundo dados divulgados pelo Governo, mais de 67% das lavouras brasileiras já contam com algum tipo de tecnologia. Nesses casos, há uma evolução nos meios de produção, de modo que serviços de baixa qualificação ficam mais propensos a perder espaço nesse contexto de novas tecnologias. Por outros lado, abrem-se oportunidades para aqueles profissionais que desejam se capacitar para operar os novos equipamentos.
Assim, o campo vai ser um espaço de conhecimento. A agricultura de precisão tende a tirar o trabalho moroso e maçante e exigirá a atuação de pessoas que buscam entendimento sobre tecnologia.
2. O uso de agricultura de precisão será obrigatório
Não, não será obrigatório. No fim, todo agricultor sempre terá o poder de decisão. A questão é que quando o produtor deixa de usar esses novos recursos, ele perde em competitividade no mercado e eficiência operacional na fazenda. Além disso, as operações podem acabar ficando mais caras. Por isso, com o tempo essa modernização será estrategicamente necessária.
3. A agricultura de precisão só funciona a partir de novas tecnologias
Esse é um dos grandes mitos sobre a agricultura de precisão. A verdade é que essa prática utiliza muita tecnologia já popularizada e acessível. Existem recursos dos mais sofisticados aos mais simples — pacotes com direcionamento automático de máquinas agrícolas, por exemplo. No entanto, o produtor pode investir em um direcionamento manual auxiliado por um GPS — isso também é agricultura de precisão.
Sendo assim, a agricultura de precisão pode ser aplicada em pequenas propriedades, com equipamentos tecnológicos de ponta e ao mesmo tempo acessíveis. Aliás, agricultura de precisão não é só tecnologia, mas análise de dados coletados da fazenda para auxiliar a gestão.
Assim, imagens de satélites, por exemplo, podem ser utilizadas para coletar dados sobre variabilidade do relevo, altitude do solo, clima etc. Essa também é uma alternativa.
As novas tecnologias beneficiam as atividades da agricultura de precisão, de modo que as informações podem ser coletadas, armazenadas e analisadas de modo mais ágil e com mais exatidão.
4. É apenas para grandes proprietários
A agricultura de precisão pode servir para pequenas propriedades, especialmente como sistema de gestão. Afinal, em qualquer lavoura existem variáveis que interferem no processo de produção.
Se o produtor já tem registrado um histórico sobre a produção em sua propriedade, esses dados acumulados servirão de base para a comparação e a verificação da melhor forma de trabalhar nas futuras safras.
5. É restrita apenas a algumas culturas
É verdade que no Brasil a agricultura de precisão é muito utilizada em culturas anuais, como soja e milho, mas outras também podem ser beneficiadas por meio desse sistema de gestão. Afinal, toda cultura é impactada com variáveis do solo e do clima.
Entenda a importância de contar com uma empresa parceira
Como vimos, a tecnologia é um dos pilares da agricultura de precisão. Contar com fornecedores com experiência e tradição no mercado é fundamental para garantir um bom suporte e melhores resultados.
Lembre-se também que a capacitação é uma das grandes dificuldades para a adoção da agricultura de precisão. Por isso, uma empresa parceira pode fornecer o treinamento necessário para suprir essa demanda. Esse auxílio e acompanhamento são imprescindíveis para a sua propriedade garantir que vai aproveitar ao máximo as vantagens da agricultura de precisão.
Neste artigo você conseguiu desconstruir alguns mitos sobre agricultura de precisão e entender melhor como esse sistema de gestão é mais acessível e consolidado. Utilizar essas novas ferramentas é importante para o produtor que deseja se manter competitivo no seu mercado de atuação.
Quer saber mais? Entre em contato conosco e descubra como você pode aplicar essas novas ferramentas na sua fazenda!
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