segunda-feira, 16 de março de 2020

Conheça as melhores práticas de aplicação de defensivos agrícolas

A aplicação de defensivos agrícolas é uma prática eficiente e segura para controlar o surgimento e a proliferação de pragas e doenças na lavoura. Somente com essa tecnologia é possível atender à crescente demanda por alimentos.

Mas essa alternativa não dispensa cuidados. É necessário responsabilidade e a adoção das melhores práticas de aplicação para garantir a segurança alimentar e a eficiência da operação.

Por isso, neste artigo discutiremos sobre as melhores práticas difundidas hoje no mercado para garantir bons resultados na aplicação de defensivos agrícolas. Confira!

A importância dos defensivos agrícolas

O processo produtivo é composto de diversas etapas e, sem dúvida, o controle fitossanitário por meio da aplicação de defensivos agrícolas é uma das mais importantes para garantir a safra. Na verdade, sem esses produtos, seria praticamente impossível atender a procura por alimentos no mundo.

Embora haja muita discussão sobre a segurança dessa aplicação, é preciso saber discernir a diferença entre o uso errado de defensivos agrícolas e os efeitos negativos decorrentes, e as grandes vantagens que as boas práticas trouxeram para a economia internacional e os meios de subsistência. A verdade é que não tem como produzir em larga escala sem essas ferramentas.

O agronegócio precisa lidar com pragas nativas e potenciais invasoras que demandam pesquisas e novos produtos. Essas pragas na lavoura são responsáveis por uma perda de cerca de R$ 55 bilhões, segundo um estudo publicado no livro Defesa Vegetal — Fundamentos, Ferramentas, Políticas e Perspectivas.

As perspectivas apresentadas pela FAO (Food and Agriculture Organization) em relação à demanda por alimentos até 2050 também alertam sobre a necessidade de tecnologias que garantam o aumento da produtividade agrícola. Segundo a organização, a produção deverá aumentar em 70% para dar conta do crescimento populacional. Somente em relação à produção de cereais, a produção precisará avançar dos atuais 2,5 bilhões para 3 bilhões.

Certamente, os defensivos agrícolas terão um papel importante nisso. Mas o mesmo relatório faz uma observação: o mercado consumidor brasileiro tem se tornado cada vez mais exigente em termos de qualidade de produtos. Desse modo, é fundamental que o produtor rural adote as melhores práticas para garantir a eficiência dos defensivos em campo. É sobre isso que falaremos agora.

4 práticas que garantem a eficiência da aplicação dos defensivos agrícolas

1. Priorizar a segurança

Os defensivos agrícolas são produtos químicos que podem trazer danos à saúde do operador caso não sejam seguidas as normas de segurança. Por isso, o uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) é indispensável. Eles reduzem os riscos de contaminação do trabalhador. São compostos de:

  • viseira;
  • respirador;
  • touca árabe;
  • jaleco;
  • avental;
  • luva;
  • calça;
  • bota.

Segundo a NR 31, é necessário que o empregador rural forneça tais equipamentos, conforme os riscos ao que o trabalhador está sujeito, além de orientar os usuários ao modo correto de uso.

Outro fator que deve ser levado em conta é a segurança alimentar. É preciso seguir as recomendações do engenheiro agrônomo, obedecendo às dosagens e aos prazos indicados entre a aplicação e o consumo. Por exemplo, superdosagens poderiam resultar em produtos de campo com resquícios de defensivos. Por outro lado, subdosagens podem gerar resistência das pragas no talhão.

2. Escolher o produto certo

Cada defensivo tem uma aplicabilidade específica e atua de forma diferenciada conforme o alvo biológico em questão. Dessa forma, eles são categorizados em:

  • fungicidas;
  • inseticidas;
  • herbicidas.

A nomenclatura já deixa claro o tipo ação que esses produtos apresentam. No entanto, eles não atuam sozinhos. Há no mercado alguns produtos complementares que são adicionados à calda, como óleos, antiespumantes e reguladores de pH, que aprimoram a eficiência da aplicação.

Além disso, siga as seguintes recomendações:

  • busque defensivos agrícolas de qualidade e que sejam adequados à praga e à cultura, sempre sob a orientação de um agrônomo;
  • armazene os produtos em local seguro, identificado e distante de itens alimentícios e fontes de água;
  • transporte os defensivos corretamente;
  • descarte as embalagens nas sacolas de resgate, que voltam ao revendedor.

3. Fazer um bom planejamento

A falta de planejamento ainda é um grande problema nas propriedades rurais brasileiras. Essa falha causa um impacto direto no desenvolvimento das plantas e na produtividade geral da lavoura. Mas no que consiste o planejamento?

Planejamento da pulverização é a pesquisa e identificação correta de pragas e doenças presentas na lavoura e a subsequente seleção de defensivos que atuam exatamente sobre esse alvo biológico. Com isso, é possível alcançar um alto grau de eficiência no controle de pragas sem comprometer a produção.

Outro dado importante a ser levantado é o Nível de Dano Econômico (NDE) que uma praga ou doença pode gerar. Isso é importante porque, por vezes, será mais viável conviver com uma praga que apresenta um baixo nível populacional do que investir em estratégias mais onerosas de controle.

Esse planejamento deve ser feito a cada safra. Afinal, a cada ano surgem novas variedades mais resistentes no mercado, além de novos inimigos da lavoura. Ao se planejar com base nas recomendações do agrônomo e adotando novas ferramentas do setor, é possível elevar os níveis de produtividade e garantir maior eficiência nas operações de pulverização.

4. Dar atenção à pulverização

Durante a aplicação, é importante estar atento a alguns detalhes que podem fazer toda a diferença:

  • selecione, regule e calibre corretamente o pulverizador, verificando o volume, a velocidade e as especificações de vazão/pressão de trabalho conforme as indicações do fabricante e do fornecedor do produto;
  • avalie as condições meteorológicas necessárias para a aplicação a fim de evitar perdas por evaporação ou deriva. Os principais aspectos a serem levados em conta são a umidade do ar, a velocidade do vento e a temperatura;
  • treine o operador para que ele seja capaz de adotar as melhores práticas e saiba lidar com novas tecnologias que o maquinário embarca;
  • evite água de lagos, bebedouros ou riachos, pois podem conter resíduos que prejudicam a qualidade da calda. Materiais orgânicos presentes nessas águas podem reagir quimicamente com os defensivos e comprometer a eficácia da aplicação.

Tecnologias que garantem a eficácia dos defensivos

A tecnologia de aplicação busca sempre o melhor custo-benefício para a agricultura, trazendo maior rendimento operacional e segurança nas operações da lavoura. A ideia é atingir o alvo da forma mais eficiente possível. Nesse caminho, a agricultura de precisão dá ao produtor ferramentas que a ajudam desde a fase de planejamento até a etapa de avaliação do processo.

Algumas dessas tecnologias incluem:

  • telemetria: coleta e compartilhamento remoto de informações sobre as máquinas, equipamentos, veículos, solo, clima, entre outros, usando esses dados para a tomada de decisões;
  • EletroVortex: conjunto de carregador eletrostático e assistência de ar que aumenta a eficiência ao depositar as gotículas do produto na superfície foliar;
  • Spot Spray: sensores que identificam a presença de plantas para a aplicação de herbicidas, mantendo a qualidade do tamanho de gotas geradas e garantindo a qualidade da pulverização.

Sem dúvida, melhores resultados na aplicação de defensivos agrícolas só são alcançados por meio de um bom planejamento e a adoção das melhores práticas do mercado. O agricultor que se mantém informado e segue as recomendações do agrônomo consegue elevar a eficiência da operação.

Quer saber mais sobre como aprimorar o processo de pulverização? Leia o próximo post e aprenda a garantir a eficácia de defensivos agrícolas!

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