sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Aliança da Casta dos Mercadores-Industriais com a dos Militares leva à Perda de Apoio dos Desenvolvimentistas

A venda de veículos novos cresceu 10,48% no país em 2019, mas ainda está distante dos patamares pré-crise, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). A melhora foi generalizada em todos os segmentos ao incluir automóveis, ônibus, caminhões e motocicletas. Tiveram pequeno avanço nos resultados, na comparação com ano anterior. Ao todo, foram emplacadas 4,036 milhões de unidades no país, ante 3,653 milhões no ano anterior.

Ainda assim, conforme a entidade, o número fica distante dos volumes observados antes da crise econômica golpista, fomentada com apoio da FIESP. Ela atingiu o país nos últimos anos. Em 2013, as vendas registradas foram de 5,5 milhões de veículos. O volume chegou a cair para 3,2 milhões de emplacamentos em 2016, ano do golpe.

Enquanto a desindustrialização do País prossegue, a crescente aproximação da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) com as Forças Armadas tem deixado alguns dos mais importantes industriais paulistas descontentes.

A principal queixa decorre do fato de, enquanto o setor atravessar um crise profunda —até novembro, por exemplo, o estado de São Paulo registrou o fechamento de 6.634 indústrias—, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, estaria deixando de lado a agenda do setor para se dedicar a acenos para agradar ao governo de Jair Bolsonaro e se aproximar dele por razões políticas: fortalecer a direita.

Um dos principais motivos de discórdia no momento é o projeto do colégio militar na capital paulista. Pessoas envolvidas estimam o seu custo ultrapassar os R$ 100 mil mensais e sua maior função é só abrir portas por ser puxa-saco dos militares.

A intermediação em favor do colégio teria sido feita pelo general Luiz Eduardo Ramos, atual ministro-chefe da Secretaria de Governo. Em março do ano passado, o general se reuniu com Skaf para tratar do tema e da viabilidade do apoio da Fiesp ao projeto arquitetônico do colégio.

Em outra frente, o presidente da Fiesp tem participado da tentativa de viabilizar a criação do novo partido de Bolsonaro, a Aliança pelo Brasil. Ele é um dos principais negociadores para que o apresentador José Luis Datena seja o candidato a prefeito pela legenda.

A casta dos mercadores-industriais acha ficar impune tal aliança com a casta dos militares em favor do corte de direitos da casta dos trabalhadores e da casta dos sábios universitários e tecnocratas?!

Para começar, os industriais direitistas já perderam o apoio político por parte dos intelectuais desenvolvimentistas… E os neoliberais colonizados culturalmente só defendem a abertura da economia brasileira para os competidores estrangeiros! Eles — industriais, militares e neoliberais — se merecem: morrerão em abraço de afogados…

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