Essa semana a Toyota revelou uma nova plataforma modular global, a GA-B, que faz parte da arquitetura TNGA para carros compactos do gigante japonês e possivelmente de suas marcas e parceiras, tais como Daihatsu e Suzuki, por exemplo.
A Toyota divulgou as imagens da plataforma, onde é facilmente notada a presença do pacote de baterias – supostamente de níquel-hidreto metálico – no lugar do tanque, indicando a hibridização da futura geração de compactos da marca, o que incluirá o próximo Yaris e possivelmente o SUV compacto (global ou regional), entre outros.
No caso do Yaris, ele é a porta de acesso da Toyota em muitas regiões, mas existe em duas variantes globais. Uma é focada na Europa e Japão, tendo sido cortada recentemente nos EUA (junto com o Prius C). A outra é mais simples e tem versão sedã, focada no Sudeste Asiático, China, Índia e Brasil.
Para reduzir os custos globais e unificar as plataformas, a GA-B cai como solução definitiva para isso e a eletrificação vem junto no pacote. No entanto, um Yaris Hybrid não seria algo tão inovador para a Toyota assim, visto que ela já o faz, mas de outra maneira.
Usando a plataforma B da Toyota, o Prius C não era nem de longe o liftback vendido no mercado nacional. No Japão, ele é conhecido como Aqua (foto acima do registro no INPI em 2018). Na Europa, o próprio Yaris feito na França também tem uma versão híbrida. A tecnologia usada nesses carros é a mesma do Prius e do Novo Corolla nacional, porém, com motorização e números diferentes.
Desde 2011, a Toyota faz o Aqua/Prius C, um hatch compacto de 4,00 m com os mesmos 2,55 m do Yaris vendido aqui. Sob o capô, o motor usado é um 1.5 Dual VVT-i da mesma família do 1.5 Flex nacional. Só que este tem ciclo Atkinson e entrega apenas 73 cavalos e 11,3 kgfm.
Ele trabalha com um conjunto de dois motores elétricos conhecidos como MG1 e MG2 (como na foto acima), posicionados dentro de uma caixa de transmissão continuamente variável, que usa engrenagens no lugar de polias e correias, funcionando como um CVT. É o mesmo sistema usado no Novo Corolla Hybrid.
Com 61 cavalos, eles entregam bons 17,2 kgfm. Dessa forma, o conjunto chamado Hybrid Sinergy Drive (HSD) fornece 100 cavalos de potência combinada, bem menos que os 123 cavalos do Corolla Hybrid Flex. Nos EUA, o Prius C chega a fazer 20,4 km/l na cidade.
Tendo já essa arquitetura híbrida pronta, a Toyota deverá apenas torna-la flexível como no caso do Corolla, elevando assim para uns 101 cavalos a força combinada com 75 ou 76 cavalos no etanol. E preço? Se fosse trazido para a realidade atual, teríamos um Yaris Hybrid nacional custando até menos de R$ 90 mil. Como?
O Corolla XEi custa R$ 110.990, por exemplo, enquanto o Altis Hybrid sai por R$ 124.990. Temos uma diferença de R$ 14.000. Se aplicada a mesma sobre um Hybrid XLS 1.5 AT hatch, ele custaria R$ 97.990. No entanto, deve-se levar em consideração, no caso do sedã médio, que ele pula da XEi para o Altis e ainda agrega um pacote de segurança TSS.
Então, não seria tão difícil crer em um Yaris Hybrid por até R$ 89.990 na realidade atual, ainda mais se não houver alteração de conteúdo. O Toyota Safety Sense seria um diferencial e impactaria a vida dos concorrentes, mas provavelmente seu custo faria o preço subir até o nível mencionado anteriormente.
Se a intensão é fomentar a hibridização flex, o hatch por R$ 90 mil já seria um enorme salto nesse sentido e por uma diferença de preço não tão elevada, dada a tecnologia empregada que, como vimos, está difundida na marca há muito tempo. Contudo, a elevação dos preços até sua chegada pode fazer com que alcance a temível faixa dos R$ 100 mil.
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