A Montana Sport é uma versão de apelo levemente esportivo da picape pequena da Chevrolet, vendida atualmente. Essa opção passou por duas gerações da picape leve da GM, que involuiu na alteração em 2010.
Nesta ocasião, trocou a terceira geração do Corsa, a chamada “C” pela anterior modificada, que deriva da geração “B”.
Mudando de personalidade ao passar de um produto mais jovial e moderno para um antiquado e simples, a Montana Sport focou mais no trabalho. Vendida junto com a versão LS, a Montana Sport é a opção mais cara da picape e vem com alguns itens a mais, mas nada surpreendente.
Também nessa mudança, a Montana Sport ficou mais fraca ao perder o motor GM Família I 1.8 em favor do Família I 1.4. A diferença de potência nem foi tão grande quanto a de torque, o que realmente fez muita diferença.
Em estilo, nem dá para comparar como a Montana Sport passou do vinho para a água (sim, nesse sentido mesmo).
Hoje, a opção nem chegar a incomodar Strada Adventure ou Saveiro Cross. Por ora, não se sabe por quanto tempo a picape derivada do Agile continuará em produção e nem se haverá outra Montana Sport.
Montana Sport
A Montana Sport atual tenta ser mais esportiva, mas o peso da idade mostra que o esforço é inútil devido ao design datado.
Mantendo elementos estéticos oriundos do Agile, a picape leve da GM tem seus atributos focados no baixo custo. Nesse caso, manutenção, capacidade de carga e volume da caçamba são seus pontos fortes.
Em estilo, a Montana Sport fica devendo muito, embora em comparação com a comercial LS, tenha mais itens de destaque.
Assim, seus faróis grandes com máscara negra ainda mantém parábolas simples, enquanto a grade tem grelha preta.
O para-choque, nunca retocado desde o lançamento, apresenta faróis de neblina em molduras pretas.
As rodas de liga leve aro 16 polegadas ainda ostentam o mesmo estilo do (belo) conceito GPiX de 2008, que originou o Agile. Com linha de cintura alta, a Montana Sport tem retrovisores na cor do carro e vigias laterais, bem como rack no teto.
O teto tem ainda um ressalto proeminente e antena, enquanto as laterais empregam bons degraus para acesso à carga.
Nesta versão, existem saias laterais, enquanto o para-choque traseiro é bem pronunciado, mas integrado ao conjunto. As lanternas compactas possuem lentes escurecidas, enquanto a tampa da caçamba tem puxador com moldura preta.
Para facilitar o acesso à carga, a Montana Sport tem ainda um bom degrau sobre o para-choque.
Além disso, conta com molduras plásticas sobre as bordas da caçamba com ganchos para amarração de carga. Também vem com grade de proteção da vigia traseira.
Toda a caçamba com seus 1.152 litros de volume possui proteção plástica para reduzir danos à carroceria e carga.
A capota marítima é outro item que reduz a entrada de água na caçamba e protege parcialmente a carga transportada. Interior da Montana Sport
Por dentro, a Montana Sport ostenta ainda o ambiente que um dia foi do finado Agile.
Com características bem peculiares, o habitáculo foi criado para duas pessoas e tem diversos itens nessa versão. O volante de fundo chato e comandos de mídia e telefonia ainda tem aspecto moderno.
Mas ele tem algo a mais, piloto automático, um item importante para quem faz longas viagens. Já o cluster com mostrados analógicos, cujo ponteiro do conta-giros sobe ao contrário do tradicional, chama atenção.
Há um medidor de nível de combustível e display central com informações diversas, sempre em cor Ice Blue.
Tendo ainda sensor crepuscular, a Montana Sport vem também com sistema de áudio simples com CD, Bluetooth e USB. O ar condicionado com display digital é outra herança do Agile e que remete ao começo da década.
Porém, os comandos de climatização são atuais, compensando o estilo mais antigo do conjunto acima. O painel de duplo cockpit ainda possui difusores de ar circulares e apliques em cinza brilhante nessa versão.
Com porta-luvas mediano, a Montana Sport tem ergonomia ruim com retrovisores elétricos ajustados na coluna A.
Além disso, os puxadores das portas sem molduras ainda hoje são tão estranhos quanto em 2010. O mesmo em relação à alavanca de câmbio curvada e com acabamento em cinza brilhante.
Os dois porta-copos são práticos, assim como um porta-objetos ao lado do volante. Existem ainda outros espaços nas portas e atrás dos bancos.
Estes, por sinal, ainda mantém as rampas de elevação dos assentos do Agile, mas com sulcos e faixa azul.
Foi um recurso usado para manter as pernas mais altas e proporcionar uma posição elevada e confortável. Os vidros são elétricos do tipo one touch e são acionados pela chave também.
Tem travas elétricas com controle remoto e alarme. A Montana Sport vem ainda com dois alto-falantes, direção hidráulica, lanterna de neblina, airbag duplo e freios ABS.
Dispõe ainda de alerta de faróis ligados, temporizador dos faróis, banco do motorista com ajuste de altura e indicador de mudança de marcha.
A picape leve da Chevrolet tem motorização 1.4 com cabeçote de oito válvulas, feito em alumínio, enquanto o bloco é de ferro fundido. Com 1.389 cm3, esse vetusto da Família I da GM tem injeção eletrônica multiponto flex com partida a frio.
Tendo comando de válvulas acionado por correia dentada, o motor de quatro cilindros é o mesmo do Onix antigo. Ele entrega 94 cavalos na gasolina e 99 cavalos no etanol, ambos obtidos a 6.000 rpm.
Já o torque é de 12,9 kgfm no derivado de petróleo e 13,0 kgfm no produto obtido da cana-de-açúcar.
Nos dois casos, a rotação de força plena é de 3.200 rpm. O câmbio é manual de cinco marchas com embreagem de acionamento hidráulico.
A suspensão é McPherson na frente e por eixo de torção atrás, este com molas e amortecedores separados. Com 4,514 m de comprimento, 1,700 m de largura, 1,572 m de altura e 2,669 de entre eixos, a Montana Sport tem tanque de 49 litros.
Sua capacidade de carga é de 717 kg e o peso em ordem de marcha é de 1.136 kg.
Assim, ela vai de 0 a 100 km/h em 10,4 segundos e com máxima de 170 km/h. O consumo é de 7,5 km/l na cidade e 8,4 km/l na estrada, ambos com etanol.
Na gasolina, ela faz bons 11,3 km/l no ciclo urbano e 12,6 km/l no rodoviário.
Primeira geração – Corsa C
Em 2003, a GM providenciava um projeto nacional independente da Opel sobre seu Corsa C.
A nova picape era chamada Montana e substituía a antiga Corsa Pickup, derivada do Corsa B. Na composição das versões, surgiu a Montana Sport com foco na esportividade, a fim de atrair o público jovem.
À época, o visual era realmente atraente com frente curta e baixa do Corsa C, mas com carroceria alongada e fluida. Os faróis de dupla parábola tinham máscara negra e a grade tinha frisos pretos.
O para-choque chamava atenção pela moldura preta e grade retangular ampla, além de faróis de neblina com entradas de ar nas extremidades.
Com colunas B que descreviam uma curvatura que separava cabine e caçamba, a primeira Montana Sport era bonita. Além das saias laterais, tinha ainda maçanetas embutidas na cor do carro, assim como os retrovisores.
Rack no teto e antena também estavam lá, assim como vigias laterais bem estilizadas. Um vinco acentuava-se desde as portas até moldar para-lamas proeminentes nas laterais da caçamba.
Na curva sobre o eixo traseiro, tinha degrau para acesso à caçamba.
O para-choque traseiro não era tão proeminente, enquanto as lanternas tinha lentes circulares na ótica principal. A caçamba também era protegida, assim como a vigia traseira, que era basculante também.
Por dentro, o ambiente era de típico do começo dos anos 2000 e tinha volante “meia-lua” com airbag. Havia ainda console central em cinza e airbag do passageiro, além de rádio com CD integrado ao painel.
O display ficava no computador de bordo no topo do conjunto.
O ar condicionado era manual, enquanto o console era deficiente em praticidade.
No cluster, os mostradores analógicos eram elegantes e tinham fundo branco, um charme. Os bancos tinham padronagem avermelhada e só havia espaço para duas pessoas.
A Montana Sport do Corsa C media 4,436 m de comprimento, 1,646 m de largura, 1,456 m de altura e 2,714 m de entre eixos, tendo 1.143 litros na caçamba e 52 litros no tanque.
Sua capacidade de carga era maior que a da atual: 735 kg. O motivo era o uso de um motor mais forte, que no caso era o GM Família I 1.8 8V Flex.
Ele tinha 105 cavalos na gasolina e 109 cavalos no etanol, ambos a 5.400 rpm.
Isso sem contar o torque alto, que na gasolina era de 17,3 kgfm e no álcool tinha 18,2 kgfm, ambos a 3.000 rpm. Com câmbio manual longo, fazia de 0 a 100 km/h em 10,2 segundos com final de 180 km/h.
Era econômica, fazendo 7,2 km/l na cidade e 10,7 km/l na estrada com etanol. Na gasolina, o ciclo rodoviário surpreendia com 15,2 km/l, fazendo na cidade razoáveis 9,4 km/l.
Segundo geração da Montana Sport – Agile
Na mudança de geração em 2010, a GM aproveitou a arquitetura feita para o Agile e recriou a Montana Sport. Feita em São Caetano do Sul (o Agile saía de Rosário), ela tinha motor até mais potente que na atualidade.
Sem o 1.8, a picape leve tinha o econo.Flex 1.4 8V com 97/102 cavalos, respectivamente com gasolina e etanol. Seu torque era de 13,2/13,5 kgfm a 3.200 rpm, tendo ainda câmbio manual.
A carga útil chegava a 758 kg.
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