O Suzuki Swift é um carro compacto que foi vendido no Brasil em duas ocasiões e com propostas diferentes. No início da importação de automóveis nos anos 90, o hatch veio junto com sua variante sedã e foi popular entre os que chegavam de fora.
O compacto japonês chegou ao Brasil em 1991 com motorização 1.0, 1.3 e a proposta esportiva GTi, também com motor 1.3 litro. O hatch teve versões com duas ou quatro portas, sendo que a mais nervosa tinha somente duas.
Além disso, o Suzuki Swift ganhou também uma variante conversível no mercado nacional, que hoje é bastante rara.
Esta também era equipada com motor 1.3, numa época em que esse motor era fundamental para a marca, sendo usado no Samurai, Jimny e Vitara.
Na versão sedã, o japonês foi oferecido também, mas chamava atenção por sua motorização 1.6, a mesma usada no Vitara mais forte. Com essa gama, o Suzuki Swift começou sua vida comercial no Brasil, que infelizmente durou até 1995.
Após quase 20 anos, a Suzuki decidiu trazer o Swift de volta, mas agora em proposta totalmente esportiva com as versões Sport e Sport R, ambas com motor 1.6 e uma pegada bem agressiva.
No entanto, o empreendimento durou pouco e até hoje o mercado ainda alimenta a ideia de um retorno do Suzuki Swift ao mercado brasileiro. Isso não deve acontecer tão cedo e talvez não mais, visto que Suzuki e Toyota trocaram ações e isso pode influenciar a operação brasileira.
Suzuki Swift
O Suzuki Swift foi um dos primeiros carros importados que chegaram ao Brasil ainda em 1991. O hatch compacto da marca japonesa estava aproveitando a abertura de mercado do país para conquistar seu espaço.
Já como modelo 1992, o pequeno nipônico chegava com um visual bem típico dos carros orientais daquela época, buscando o máximo em aproveitamento de espaço e com grande área envidraçada.
A frente era baixa e tinha capô curto, ostentando grandes faróis retangulares e uma grade bem afilada, pressionada pelo capô. O para-choque era envolvente e agregava os piscas, tendo ainda uma grade inferior ampla e spoiler mais abaixo.
O Suzuki Swift tinha linha de cintura baixa e janelas grandes. Suas colunas eram bem estreitas e as maçanetas das portas eram embutidas. Na versão de quatro portas, o hatch tinha vigias que praticamente eliminavam as colunas C.
A tampa do bagageiro era ampla e permite boa visibilidade para trás, assim como o restante amplamente para os lados e frente. Tinha limpador e lavador, assim como desembaçador.
Assim como a frente, a traseira tinha sua harmonia, especialmente na versão de duas portas, embora não tivesse qualquer alteração em relação ao modelo de quatro entradas.
As lanternas do Suzuki Swift eram grandes e retangulares, que não se comunicavam em algumas versões, onde o acabamento na cor do carro destoava da proposta.
Porém, quando havia lente central, ficava interessante visualmente. O hatch também tinha para-choque traseiro integrado. Na versão duas portas, entretanto, o compacto era mais bem equilibrado esteticamente.
Nessa carroceria, o Suzuki Swift era 10 cm menor em comprimento e entre eixos numa comparação com o de quatro portas.
As portas maiores e as vigias laterais grandes criavam um visual atraente, que mesmo o entre eixos curto não parecia atrapalhar. Dependendo do ângulo, as janelas traseiras pareciam se perder no horizonte.
Elas ficavam rentes à carroceria e encobriam as colunas C, fundindo-se com a tampa traseira. O Swift ainda tinha o charme da antena elétrica na coluna A esquerda, elevando-se graciosamente quase em uso, ocultando-se novamente ali.
Por dentro, o Suzuki Swift era bem funcional e não dado a invenções estéticas para ser mais individual ou exclusivo. Ele tinha cluster amplo com velocímetro, conta-giros, nível de combustível e temperatura da água.
O console central tinha um conjunto bem compacto com difusores de ar, controles horizontais de ar condicionado e aquecimento, rádio 1din e os famosos cinzeiro e acendedor de cigarros.
A alavanca de câmbio era alta, especialmente na versão automática. Já o volante era bem simples, de dois raios e com o nome Suzuki ao centro. O ambiente era simples, assim como as portas, que podiam ter vidros e travas elétricas.
Feito para quatro pessoas, o Suzuki Swift tinha porta-malas pequeno, com apenas 173 litros no hatch. Com porte de VW Gol, o hatch tinha 3,845 m de comprimento, 1,575 m de largura, 1,380 m de altura e 2,364 m de entre eixos.
O hatch era leve, pesando apenas 810 kg na versão de quatro portas, enquanto a duas portas tinha 800 kg. O tanque oferecia 40 litros e isso era suficiente para uma boa autonomia.
Apesar de suas dimensões, o Suzuki Swift tinha suspensão independente nas quatro rodas do tipo McPherson. Os freios dianteiros tinham discos ventilados, enquanto os traseiros eram a tambor.
Os pneus diminutos eram 155/70 R13 com rodas de aço com calotas geralmente.
Suzuki Swift Sedan
O Suzuki Swift Sedan foi uma interessante versão do hatch no Brasil. Ele tinha algumas diferenças de estilo e também motor maior, um 1.6 litro. Ele era maior também, sendo assim comparado a um VW Voyage da época.
Até as colunas B, o sedã japonês era exatamente igual ao hatch, mas daí em diante ele apresentava um visual completamente exclusivo, mantendo ainda a boa área envidraçada.
A linha de cintura alta se elevava suavemente em direção às colunas C, dando um ar mais elegante ao Suzuki Swift Sedan. As colunas traseiras eram mais grossas e destacadas que aquelas do hatch, equilibrando mais o visual do três volumes.
Com vidro traseiro bem vertical e amplo, o Suzuki Swift em sua versão sedã tinha ainda porta-malas com tampa reta e abertura até próximo do porta-malas. Fora isso, tinha ainda lanternas grandes e cortadas pelo bagageiro.
A parte central tinha uma moldura com placa de identificação do veículo, enquanto o para-choque era envolvente e proeminente, tendo um acabamento melhor que o do hatch.
O Suzuki Swift Sedan media 4,095 m de comprimento, 1,590 m de largura, 1,380 m de altura e 2,365 m de entre eixos. Seu diminuto porta-malas tinha 363 litros e o tanque, os mesmos 40 litros dos demais.
Mesmo com essa carroceria mais volumosa, o sedã nipônico pesava só 850 kg. Ele tinha opção manual ou automática, tendo ainda rodas maiores, de aro 14 polegadas com liga leve e pneus 165/65 R14.
Motores
O Suzuki Swift empregou três motores no Brasil em sua primeira atuação, sendo que havia duas versões do 1.3 (1.3 16V do GTi na foto abaixo), mas a gama iniciava pelo 1.0 e terminava no sedã com o 1.6 litro.
O motor tipo G10 era o mais fraco de todos, sendo um 1.0 de três cilindros com comando simples no cabeçote e 6 válvulas no total. Seria um equivalente do atual Firefly 1.0 da Fiat por sua arquitetura simples.
Tinha injeção monoponto e seus 993 cm3 permitiam entregar 55 cavalos a 5.800 rpm e 8,3 kgfm a 3.000 rpm. Ele era oferecido apenas com câmbio manual de cinco marchas.
Esse G10 da Suzuki era extremamente econômico, fazendo 13,8 km/l na cidade e 16,9 km/l na estrada, isso no Swift de quatro portas, que ia de 0 a 100 km/h em eternos 17,9 segundos e tinha máxima de 141 km/h.
O segundo motor era o G13BA. Com 1.298 cm3, esse motor de quatro cilindros também era simples e tinha 8 válvulas no cabeçote, tendo ainda o mesmo sistema de injeção e entregava 68 cavalos a 6.000 rpm e 10,5 kgfm a 3.500 rpm.
Sempre abastecido com gasolina, o Suzuki Swift 1.3 ia de 0 a 100 km/h em 13 segundos e tinha máxima de 165 km/h. Além de mais esperto, ainda era frugal: 12 km/l na cidade e 15 km/l na estrada.
Ele compartilhava o mesmo câmbio e o Swift tinha pouca diferença no peso, ainda muito reduzido.
Já o Suzuki Swift Sedan tinha motor 1.6 16V com comando de válvulas simples no cabeçote e acionamento por correia dentada, tendo ainda injeção eletrônica monoponto, entregando 91 cavalos a 6.000 rpm e 13,6 kgfm a 3.500 rpm, com seus 1.590 cm3.
O compacto era esperto e ia de 0 a 100 km/h em 11,8 segundos com máxima de 173 km/h, fazendo 11 km/l na cidade e 15 km/l na estrada.
Swift GTi
O Suzuki Swift chegou em versões mais simples e equipadas com motores 1.0 de três cilindros e 1.3 com quatro pistões. Ele ainda teve uma versão sedã 1.6 e parecia bastante simpático e funcional.
Porém, o modelo trouxe ao Brasil sua versão nervosa, a GTi. Essa opção nervosa do Suzuki Swift tinha visual esportivo, motor esportivo e pegada esportiva.
O pequenino do Japão tinha estilo diferenciado e que ainda hoje contagia fãs e entusiastas de carros dos anos 90 e japoneses. Com duas portas, o Suzuki Swift GTi tinha capô com logotipo da marca estilizado.
Além disso, trazia grade aberta e integrada ao para-choque, que era exclusivo. Ele tinha a parte inferior com vincos tão pronunciados que formavam a grade com elementos horizontalizados e com faróis de neblina quadrados.
Não havia spoiler, mas a parte inferior central tinha um vão maior. Os piscas continuavam na parte superior do protetor. Os para-lamas tinham repetidores de direção e as laterais tinham molduras na base mais largas.
Elas criavam vincos junto das saias de rodas e nas soleiras, dando um aspecto mais esportivo do Suzuki Swift GTi. Os retrovisores e as maçanetas embutidas eram na cor do carro.
As janelas traseiras basculantes tinham acabamento preto nas bordas. Na traseira, o para-choque tinha vincos que reproduziam o visual frontal e o escape era duplo.
Faróis eram comuns, sem máscara negra, mas as lanternas tinha aspecto diferente e a parte central tinha um espelho vermelho, que às unia. As colunas da tampa traseira eram pretas.
Havia ainda um defletor de ar no alto da tampa do bagageiro. As rodas eram de aço aro 14 polegadas com calotas exclusivas, tendo ainda pneus 175/60 R14, mais largos e adequados para o desempenho do Suzuki Swift GTi.
Com estas modificações visuais, o Suzuki Swift GTi media 3,745 m de comprimento e 2,265 m de entre eixos, sendo as mesmas medidas das versões comuns de duas portas, mas 1,585 m de largura e 1,350 m de altura.
Por dentro, o GTi tinha bancos com aparência esportiva e apoios de cabeça integrados, além de banco traseiro simples. O volante tinha três raios e a alavanca de câmbio era comum.
O restante do conjunto, incluindo o cluster, era idêntico aos demais. Ele vinha com vidros e travas elétricos, retrovisores com ajustes elétricos, rádio toca-fitas e ar condicionado. A direção era mecânica, como nos demais, exceto sedã.
O motor era o G13B, o chamado “TwinCam 16 Valve”, que era estampado nas laterais do GTi. Com 16V e duplo comando, o pequeno entregava 101 cavalos a 6.450 rpm e 11,5 kgfm a 4.950 rpm.
Com freios a disco nas quatro rodas, o Swift GTi ia de 0 a 100 km/h em 10,9 segundos e tinha máxima de 188 km/h. O consumo era de 9,2 km/l na cidade e ótimos 16,4 km/l na estrada.
O retorno como esportivo
Em setembro de 2014, a Suzuki trouxe de volta o Swift, mas agora na quinta geração (a dos anos 90 era a segunda) e em duas versões: Sport e Sport R. Ambas atendiam bem ao que as designações indicavam.
Com 3,890 m de comprimento, 1,695 m de largura, 1,510 m de altura e 2,430 m de entre eixos, tendo 210 litros no porta-malas e 42 litros no tanque. Pesando 1.065 kg, o Suzuki Swift Sport chegou com motor 1.6 16V aspirado.
Esse propulsor M16A entregava 142 cavalos a 6.900 rpm e 17 kgfm a 4.400 rpm, tendo câmbio manual de seis marchas.
Equipado com rodas aro 16 polegadas no Sport e 17 polegadas com pneus 205/40 R17 no Sport, o hot hatch ia de 0 a 100 km/h em 8,7 segundos com máxima de 202 km/h.
Visualmente, o Suzuki Swift Sport tinha grade preta, para-choque com molduras laterais pretas e rodas de liga leve aro 16 polegadas de desenho esportivo. Além disso, duas saídas de escape integradas ao para-choque davam um ar ainda mais radical ao hatch.
No Swift Sport R, teto, colunas e retrovisores são em preto fosco, assim como as rodas aro 17 com desenho exclusivo e acabamento titânio. O defletor de ar no teto também é maior e o acabamento interno explora bem a proposta.
Os bancos esportivos eram bem envolventes e tinha revestimento em tecido exclusivo com partes em couro, além de volante de três raios com costuras vermelhas. Havia também multimídia, bem como cluster personalizado.
O Suzuki Swift Sport tinha ainda ar condicionado automático, pedais de alumínio, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, programação esportiva para motor e direção com calibragem mais direta, entre outros.
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