As montadoras estão alertando o governo britânico que uma saída do país do bloco europeu sem acordo poderá resultar em milhões desempregados. Além disso, gera em bilhões de euros em prejuízos e somente no Reino Unido, o custo das fábricas paradas será de 50.000 libras por minuto ou 62.355 dólares.
Oficialmente, o Reino Unido deve deixar a União Europeia em 31 de outubro e até agora nenhum acordo foi fechado com o continente, indicando uma saída brusca do bloco, o que deve gerar bilhões de euros em tarifas de importação entre o país e o mercado europeu.
Segundo a entidade que reúne as montadoras na Europa, o setor automotivo emprega 13,8 milhões de pessoas no Reino Unido e representa 6,1% da força de trabalho do país, porém, isso tudo está em risco. A ACEA diz: “A saída do Reino Unido da UE sem acordo provocaria uma mudança sísmica nas condições comerciais, com bilhões de euros em tarifas ameaçando impactar a escolha do consumidor e a acessibilidade nos dois lados do Canal”.
O comunicado das montadoras ainda fala: “O fim do comércio livre de barreiras pode trazer interrupções prejudiciais ao modelo operacional just-in-time do setor, com o custo de apenas um minuto de paralisação da produção no Reino Unido somando 54.700 euros (50.000 libras)”.
A saída sem acordo pode mudar o panorama econômico do Reino Unido em 1 de novembro, quando simplesmente seriam aplicáveis tarifas de importação nos dois sentidos do Canal da Mancha de uma hora para outra, separando o país de um mercado de 500 milhões de pessoas.
Só no setor automotivo, a imposição de tarifas vai gerar um custo de 5,7 bilhões de euros. Entre os fabricantes, os japoneses são os mais preocupados. Responsáveis por 1,5 milhão de carros feitos no país em 2018, Nissan, Toyota e Honda já avisaram que terão de refazer seus planos para o Reino Unido com um Brexit sem acordo.
[Fonte: Auto News]
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