A Abeifa, associação de marcas importadas e montadoras, anunciou uma queda nas vendas de carros trazidos de fora no primeiro semestre. O volume baixou 0,9% em relação ao mesmo período de 2018, tendo sido emplacados 140.455 unidades. O montante é geral, incluindo as empresas ligadas à Anfavea.
Na Abeifa, apenas 16.219 veículos foram importados no período, volume 9,6% menor que o de 2018. No mês passado, de modo geral, o mercado nacional absorveu 21.946 importados, queda de 11,8% em comparação com maio e 14,5% em relação ao mesmo mês no ano passado.
Para José Luiz Gandini, presidente da Abeifa, a economia está estagnada e a variação cambial do dólar ajudam na queda do comércio de carros importados no Brasil. Por isso, a entidade está na expectativa de que o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia estimule de fato o mercado.
No entanto, o texto do acordo ainda está nebuloso, mesmo para as empresas do setor. Sem divulgar detalhes, o governo apenas revelou que haverá redução imediata de imposto de importação para 17,5%, metade do praticado atualmente. Porém, isso é apenas para uma cota anual de 32 mil carros, abaixo dos 50 mil divulgados anteriormente.
Esse regime de cotas e redução vai durar até 2027, um tempo realmente bem longo. O volume da cota, divulgado recentemente, é uma referência ao mercado de carros de luxo no Brasil em 2018. Para a Abeifa, o acordo pegou todo mundo de surpresa, até o presidente Jair Bolsonaro.
Agora, todo mundo quer saber os detalhes desse acordo, enfatiza o presidente da associação das importadoras. Na Europa, os fabricantes festejam o negócio. A ACEA, que é a entidade que reúne os fabricantes instalados no velho continente, já se pronunciou de forma positiva sobre o comércio entre as duas regiões.
Erik Jonnaert, secretário-geral da ACEA, disse: “Apesar do clima negativo para o comércio global, este acordo mostra que a União Europeia está disposta a ser ambiciosa e cumprir seus objetivos comerciais internacionais”. Ele completa: “Nas condições certas, existe um potencial real de crescimento para a indústria automobilística da UE, dada a dimensão do mercado do Mercosul, tanto em termos de população como de PIB”.
Por ora, paira a incerteza sobre se realmente esse acordo trará o que realmente o setor espera nos próximos anos. A expectativa é que as importações sejam ampliadas. Em 2018, a Europa enviou 73 mil carros para o Mercosul, que comprou de outros (especialmente México) 234 mil no ano passado.
[Fonte: O Mundo em Movimento/Automotive Business]
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