O Peugeot 206 foi um dos modelos mais populares da marca francesa no Brasil e agora saberemos quais seus defeitos e problemas.
Tendo sido lançado na Europa em 1998, ele começou a ser feito no Brasil em 2001, na fábrica de Porto Real-RJ.
Sua chegada enterrou o Peugeot 106 e marcou uma nova fase da marca francesa no mercado nacional.
Com alguns atributos, o Peugeot 206 rapidamente conquistou fãs entre os compradores.
Dotado de um design atraente, o hatch europeu tinha bom acabamento, dirigibilidade agradável e desempenho.
Porém, nem tudo eram flores no compacto do leão, que logo mostrou que não estava pronto para o Brasil.
Ainda assim, o 206 permitiu que a Peugeot adicionasse um 1.0 e fosse a primeira a abandona-lo no mercado.
Este tinha 16V e 70 cavalos, sendo o mesmo usado no Renault Clio.
Ela viu que as vendas seriam mesmo dos motores 1.4 e 1.6, sendo que o primeiro começou com 75 cavalos na gasolina e chegou flex até os 82 cavalos.
O 1.6 8V teve 90 cavalos, enquanto o 16V oferecia 110 cavalos inicialmente na gasolina e depois até 113 cavalos com etanol na versão flex.
Teve opção de câmbio manual e automático, além das variantes Passion (Sedan) e SW, além do conversível importado 206 CC.
Entretanto, quais são os (muitos) defeitos e problemas mais frequentes do Peugeot 206, relatados pelos proprietários?
A suspensão é um dos calcanhares-de-aquiles apontados pelos donos, assim como bobina, cabos de velas e sensor de rotação, entre outros.
Peugeot 206 – Defeitos e problemas
São muitos os relatos de proprietários do Peugeot 206 registrados na internet, mas as reclamações são bem semelhantes.
A suspensão é um dos pontos fracos do hatch francês, que não parece ter sido adaptado para as condições brasileiras.
A quantidade de reclamações e queixas de donos do 206, mesmo ainda na época da garantia, é enorme.
No conjunto, não são um ou dois itens que os compradores do Peugeot reclamam, mas do geral.
As bieletas do sistema de direção são consideradas frágeis e fazem muito barulho quando já estão com defeito.
Alguns donos do Peugeot 206 falam que o ideal é troca-las anualmente, mas outros não se arriscam: seis meses.
Ainda na parte frontal da suspensão (sim, a traseira dá problema também), as bandejas não suportam o piso nacional.
Tem proprietário de 206 que já trocou anualmente as bandejas, outros que até perderam a conta, dada a alta quilometragem, uma característica atual da maioria dos carros.
Um dono de 206 trocou-as com apenas 34.000 km e ainda na garantia.
Outro item que muitos reclamam é o vazamento dos amortecedores, especialmente dianteiros, sendo que um deles fez a troca com 40.000 km.
Vazamentos e quebras
Na parte do motor, os coxins de motor e câmbio quebram com alguma constância, segundo relatos.
Um proprietário do Peugeot 206 disse que aos 34.000 km, quebrou o coxim do motor, trocado na garantia.
Outros, porém, já fora da cobertura, tiveram que custear a troca que, como a maioria das peças da marca, são consideradas muito caras.
O problema começa a ser notado com forte vibração e ruído no habitáculo.
Também existem muitos relatos de vazamento de fluído da direção hidráulica, demandando mais um custo nas oficinas, visto que o reparo não sai barato nem em mão de obra e nem em preços das peças.
O ar condicionado é tido como outro problema recorrente do 206, inclusive com alertas por parte de donos mais antigos.
O defeito mais frequente é a perda de eficiência ao gelar, devido à fuga de gás refrigerante.
Alguns donos alertam para que se isso acontecer, o melhor é ir num especialista em carros da Peugeot ou na rede autorizada.
O motivo é que às vezes dá outros problemas, em especial elétricos, sendo nesse caso, uma oficina com experiência no Peugeot, pois, pode-se afetar a parte elétrica do veículo, considerada complicada.
Não por acaso, existem casos de panes elétricas, especialmente envolvendo o descarregamento de bateria e até queima de componentes como módulo da injeção.
Vários relatam esses defeitos elétricos de reparação complicada e caríssima.
Nisso também está incluso defeitos no corpo da borboleta, bem como no sensor de rotação.
A bobina de ignição e seus cabos são considerados outros dos defeitos crônicos do 206.
Nesses problemas elétricos do Peugeot 206, um que é considerado terrível no hatch é a tal seta de direção.
A chave de seta é um item que deu defeito em vários relatos e com custo alto, acima de R$ 500 em alguns.
É considerado um dos defeitos crônicos e os donos reclamam do preço da peça.
No painel do 206, outro item com frequência nos relatos é o marcador de temperatura da água.
Vários trocaram o sensor associado, que marca a temperatura de forma errada ou mesmo fica oscilando.
No cluster do Peugeot 206, o medidor de combustível é também apontado como gerador de defeito.
O sensor fica na própria bomba de combustível e o custo em alguns casos passou de R$ 1.200.
A própria bom com defeito também não é algo raro de troca em relatos na internet.
No caso do motor, independente de ser 1.4 ou 1.6, a tampa de válvulas vaza óleo lubrificante, sendo outra peça de custo elevado.
Há vazamento também na coifa do câmbio em outros relatos de defeitos e problemas do Peugeot 206, inclusive muitos dizem se precaver com a troca do kit de retentores da caixa, outro que dá fuga de fluído da transmissão.
Eixo problemático
Um dos problemas que mais deixam os donos do Peugeot 206 irritados é o defeito no eixo traseiro.
Como se sabe, trata-se de um eixo com barras de estabilização e torção, muito diferentes do sistema tradicional.
Porém, o problema não está aí, mas nas pontas do eixo, onde as rodas se fixam.
São dois problemas indicados pelos donos, sendo que o primeiro vem das buchas das pontas de eixo, que não dura o esperado.
Além do desgaste prematuro, quando completamente destruídas, avariam também o próprio eixo, sendo necessário sua substituição.
Um dono de 206 relatou que as buchas precisam ser trocadas a cada 30.000 km pelo menos para se evitar o pior, ter que comprar um eixo novo, o que é bem caro.
Outro indicou que trocou várias vezes nos 120.000 km rodados com o 206 e que é um defeito frequente.
O desgaste prematuro ainda afeta rodas e pneus, que acabam não durando e nem dando correção.
Os rolamentos de rodas também são apontados como de pouca durabilidade, rocando sempre, especialmente no eixo traseiro.
Alguns recomendam troca-los a cada 10 mil km para evitar mais custos com reparação atribuída aos problemas decorrentes, como superaquecimento e travamento.
Os donos também reclamam de barulhos e rangidos internos, especialmente na tampa do porta-malas e no batente das portas.
A forração das portas se desprende com frequência e também é alvo de reclamações de alguns donos do 206.
O Peugeot 206 teve poucas chamadas no Brasil para recall, numa delas era por causa do limpador do para-brisa e noutra devido ao endurecimento do pedal de freio nas versões automáticas, quando o motor ainda está frio.
É unanime entre os donos que a manutenção do Peugeot 206 é complicada, cara e precisa de especialistas para sanar os defeitos e problemas do modelo.
A quantidade de relatos com não resolução de defeitos do modelo é grande, indicando que nem todas as oficinas estão preparadas para atender um produto como esse.
O custo de peças e mão de obra, considerados elevados, são queixas da maioria dos que relataram suas experiências com o carro.
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