A Renault encerrou o terceiro turno de produção em sua fábrica de São José dos Pinhais-PR. A montadora também cortou 747 funcionários nesse processo, após acordo com os trabalhadores ter fracassado.
Depois da Nissan, que demitiu 398 empregados em junho, essa é a maior demissão em massa desde o retorno à produção do setor automotivo após o fim da quarentena.
Em resposta às dispensas, o sindicato dos trabalhadores da região metropolitana de Curitiba convocou uma assembleia, onde os empregados da Renault concordaram em uma greve a partir desta quarta (22).
A paralisação reivindica o retorno dos demitidos, contudo, a Renault mencionou que os cortes fazem parte da estratégia global da montadora de redução das vagas de emprego em suas operações pelo mundo.
Para reduzir custos, a Renault cortará em torno de 15 mil pessoas em todo o mundo. Da mesma forma, a Nissan pretende um corte ainda maior para equilibrar suas contas, já em situação ruim antes mesmo da pandemia.
Na Renault, a proposta federal de redução de jornada de trabalho e salários foi rejeitada pelo funcionários, assim como o plano de demissões voluntárias.
A montadora ainda tinha ofertas para a participação nos lucros, reajuste salarial e acordo coletivo, que acabaram ficando pelo caminho, diante da recusa. Segundo a empresa, existe dificuldade de negociação com os representantes dos trabalhadores.
No mundo, Renault e Nissan estão promovendo mudanças profundas na aliança para reduzir os custos e recuperar as vendas após a crise do coronavírus e o escândalo de Carlos Ghosn.
Além do fechamento de fábricas, como em Barcelona, na Espanha, a aliança cortará milhares de empregos e reforçará o compartilhamento de plataformas.
Aqui no Brasil, a base CMF será usado para reduzir as plataformas atuais (sete) para apenas uma, que sustentará produtos da Renault e Nissan, utilizando as fábricas do Paraná e Rio de Janeiro.
[Fonte: G1]
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