O Honda City 2015 surgiu como a segunda geração nacional do sedã compacto da marca japonesa, embora não seja de fato o segundo modelo na história do produto.
Dando continuidade ao sucesso do primeiro modelo, o City renovado cresceu e ficou mais espaçoso, porém, manteve as boas características do projeto anterior e de seu compartilhamento de peças e componentes com o Honda Fit.
Lançado no Brasil em 2009, o Honda City poderia ter chegado antes, mas a marca japonesa só decidiu faze-lo quando este se tornou um carro distinto do Fit da primeira geração.
Nascido em 1981, o Honda City surgiu como um simpático hatch, que existiu e evoluiu por duas gerações, até que em 1994, a marca subitamente saiu de um segmento de onde não deveria ter saído, convertendo o produto num sedã.
Este City nada mais era que um Civic de quarta geração simplificado e orientado para o Sudeste Asiático. Nunca teria chance no Brasil, ao contrário da geração anterior.
Em 2002, o Honda City se fundiu novamente, desta vez com o recém-lançado Fit, se convertendo em uma sedã compacto com linhas de monovolume. Com estilo bem complexo, certamente não teria agradado aos brasileiros.
Dessa forma, a Honda finalmente acertou a mão em 2008, com a quinta geração do City, aquela que chegou ao Brasil no ano seguinte, fazendo enorme sucesso. A partir daí, o sedã compacto não deixou mais o cenário nacional.
No Honda City 2015, seu porte aumentará de 4,42 m para 4,45 m de comprimento, mas o ganho real veio no entre-eixos, que subiu de 2,55 m para 2,60 m, conferindo assim ao sedã, mais espaço no banco de trás.
Mantendo a mesma plataforma do Fit, o City preserva uma característica interessante do monovolume, o tanque central. O recurso surgiu em 2001 para a instalação do sistema ULT de rebatimento vertical e horizontal do banco traseiro do Fit.
Contudo, o sedã nunca teve esse sistema e atualmente, além do Fit, apenas os modelos WR-V e HR-V possuem o ULT, que fora rebatizado de Magic Seat pela Honda em 2018.
O porta-malas, que já era bom, ficou melhor ainda, passando a ter ótimos 536 litros, superando a briga por litros dos modelos VW Virtus e Fiat Cronos.
O City também recebeu parecido com o do Fit, além do mesmo motor, o 1.5 i-VTEC com até 116 cavalos, porém, agora o sedã trocava o câmbio automático de cinco marchas e focava realmente na economia com o uso do CVT.
Chegou ao mercado oferecendo as versões DX (única manual), LX, EX e EXL, sendo que as duas últimas respondiam por 60% do mix de vendas, 36% com a LX e apenas 4% com a de entrada.
O Honda City 2015 trazia um bom nível de conteúdo, porém, depois dele, os modelos seguintes pouco evoluíram e até hoje, o produto não oferece controles de tração e estabilidade, por exemplo.
Espera-se agora pela nova geração, que ficou bem maior: 4,55 m. Contudo, todo esse tamanho manteve o entre-eixos apenas na Índia, já que na Tailândia, ele diminuiu para 2,59 m.
Isso se deve ao fato da Honda ter esticado a frente do modelo, mas preservando as linhas anteriores, apesar de que agora o carro esteja mais largo: 1,750 m contra 1,695 m.
Também se aguarda pelo City com motor 1.0 Turbo Flex de, pelo menos, 130 cavalos no etanol, além do CVT com as mesmas sete simulações de marcha do atual.
Outra opção poderia ser o 1.5 -i-VTEC Earth Dream com 130 cavalos, mas com tecnologia flex, porém, seria um atraso para a Honda em relação ao mercado nacional.
Fabricado em Sumaré-SP, o Honda City terá produção trasladada para Itirapina, cidade 100 km mais para dentro do interior paulista.
Honda City 2015 – detalhes
Com linhas equilibradas, o modelo ganhou uma frente mais avançada e fluida, tendo faróis grandes e duplos, mais retangulares, assim como o layout de barra cromada com elementos vazado na parte central.
O para-choque pronunciado vinha com molduras pretas nas laterais, dotadas de faróis de neblina. Com vincos acentuados nas laterais e curvatura marcante dos para-lamas dianteiros, destacavam o produto, que ainda tinha porta-malas curto.
Na traseira, as lanternas grandes se conectavam com os vincos laterais e eram cortadas pela tampa do bagageiro, tendo este um friso cromado. O para-choque era limpo na parte superior e tinha frisos com refletores na base.
As rodas podiam ser de aros 15 ou 16 polegadas (de liga leve), tendo ainda antena no teto, maçanetas cromadas e retrovisores com repetidores de direção, todos dependendo da versão.
Por dentro, o Honda City 2015 tinha um ambiente moderno e agradável. O painel tinha acabamento em material plástico com duas tonalidades e difusores de ar centrais elevados.
Os difusores laterais também eram grandes em relação ao anterior, tendo ainda uma parte central em preto brilhante, onde ficava a multimídia com tela de 5 polegadas, que trazia Bluetooth, USB e câmera de ré multivisão.
O dispositivo ainda não dispunha de Android Auto ou CarPlay, não tendo também navegador GPS. Com tela pequena, havia comandos físicos nas laterais.
Abaixo, porém, ficava o ar condicionado automático com display digital touchscreen de boa aparência, disponível desde a versão EX, sendo um dispositivo bem moderno.
Já o cluster analógico tinha iluminação branca e azul apenas a partir da LX, tendo ainda conta-giros, velocímetro e um display com medidores digitais de nível de combustível e econômetro, além do computador de bordo, acionado por haste.
O volante com comandos de mídia, telefonia e piloto automático tinha acabamento em couro a partir da EX. A coluna de direção era ajustável em altura e profundidade (exceto DX), tendo ainda revestimento em couro nas portas dessa versão.
Os vidros elétricos eram colocados nas quatro portas, mas só o motorista tinha one touch. No caso dos retrovisores elétricos, seu comando ficava perto dos botões dos vidros do motorista, enquanto o travamento central podia ser remoto.
Nesse caso, usava-se a chave canivete com controle remoto, que também destravava o porta-malas. Os bancos podiam ser em couro (EXL), tendo ainda apoio de braço central dianteiro nessa opção.
O console da transmissão tinha acabamento em preto brilhante, cuja alavanca tinha pomo cinza e com seletor tendo opção S, mas sem a conhecida L, que era usada para subidas ou descidas bem íngremes no Fit da primeira geração.
Deve-se lembrar que as transmissões CVT deste e de sua terceira geração, diferenciavam bastante, especialmente no uso do conversor de torque da nova opção, enquanto a antiga usava uma “embreagem de partida”, com multidisco em óleo.
Apenas nas versões EX e EXL, o volante dispunha de paddle shifts para simulação de sete marchas. Nesse caso, não havia trocas na alavanca. Na LX, o CVT não tinha simulação, usando três padrões de relações infinitas como o Fit antigo.
O freio de estacionamento era manual e os freios eram ABS com EDB, além de oferecer airbag duplo (obrigatório também) e airbags laterais, oferecidos de série apenas na EXL.
O banco do motorista tinha regulagem de altura, mas limitada por causa do tanque central. Na traseira, muito espaço para as pernas e banco bipartido com apoio de braço central, mais apoios de cabeça e cinto de segurança de 3 pontos.
A luz interna da Honda é padrão em muitos carros da marca há anos, enquanto as luzes de leitura ficavam apenas na frente. Havia alças no teto também.
O Honda City 2015 tinha ainda um bom porta-malas, entregando 536 litros. Ele tinha estepe horizontal e iluminação. O bagageiro podia ser ampliado com o rebatimento do banco traseiro.
As versões simples tinham sistema de som com CD e MP3, assim como também não dispunha de muitos detalhes estilísticos como das versões EX e EXL. O ar condicionado, por exemplo, era manual.
Em outros países, o Honda City 2015 oferecia até teto solar elétrico, cortado aqui por causa do Civic, assim airbags de cortina, controle de estabilidade, controle de tração, assistente de partida em rampa e outras coisas.
Até hoje, o sedã não oferece esses componentes no Brasil, que podem chegar com a nova geração. Esta será bem maior, em torno de 10 cm a mais, mas preservando o entre-eixos, deixando a frente mais longa, com o mesmo corpo atual.
Honda City 2015 – versões
- Honda City DX 1.5 MT
- Honda City LX 1.5 CVT
- Honda City EX 1.5 CVT
- Honda City EXL 1.5 CVT
Equipamentos
Honda City DX 1.5 MT – Motor 1.5 e câmbio manual de cinco marchas, mais ar condicionado, direção elétrica, coluna de direção ajustável em altura, rodas de aço aro 15 polegadas com calotas integrais, vidros elétricos nas quatro portas, travamento central elétrico, retrovisores elétricos, sistema de áudio com CD/MP3, desembaçador do vidro traseiro, espelhos nos para-sois, retrovisor interno dia e noite, banco traseiro rebatível, freios ABS com EDB, airbag duplo, faróis duplos, retrovisores e maçanetas na cor do carro, entre outros.
Honda City LX 1.5 CVT – Itens acima, mais transmissão CVT, grade dianteira cromada, friso cromado na traseira, coluna de direção ajustável em altura e profundidade, banco traseiro bipartido com apoio de braço central, rodas de liga leve aro 16 polegadas com acabamento diamantado e pneus 185/55 R16.
Honda City EX 1.5 CVT – Itens acima, mais volante multifuncional com paddle shifts, maçanetas cromadas, faróis de neblina, retrovisores com repetidores de direção, ar condicionado digital, chave canivete, multimídia com tela de 5 polegadas, Bluetooth, USB, sistema de som com oito alto-falantes, controle de cruzeiro, câmera de ré multivisão e cluster com iluminação diferenciada.
Honda City EXL 1.5 CVT – Itens acima, mais airbags laterais, bancos e volante em couro e apoio de braço central dianteiro.
O Honda City 2015 era oferecido nas cores Marrom Júpiter Metálico (inédita), Cinza Barium Metálico, Cinza Iridium Metálico, Prata Global Metálico, Branco Taffetá e Preto Cristal Perolizado.
Preços
Os preços do Honda City 2015 estava numa faixa mais alta por conta da maré, mas atualmente esses preços seriam equivalente aos de sedãs populares.
A Honda pratica valores acima da média do mercado, em virtude da alta valorização de seus produtos na revenda, porém, oferecendo pouco em conteúdo e comodidade.
- Honda City DX 1.5 MT – R$ 53.900
- Honda City LX 1.5 CVT – R$ 62.900
- Honda City EX 1.5 CVT – R$ 66.700
- Honda City EXL 1.5 CVT – R$ 69.000
Honda City 2015 – motor
O Honda City 2015 tinha um motor 1.5 i-VTEC Flex One de quatro cilindros e de construção em alumínio, tendo cabeçote com 16 válvulas, mas acionadas por um único comando eletrônico para abertura e fechamento de válvulas.
Essa tecnologia, oriunda da Fórmula 1 dos anos 90, faz com que em regimes baixos, apenas metade delas ficam abertas, criando uma espécie de motor 8V para aproveitar bem o torque em baixa.
Conforme a rotação sobe, as válvulas de escape e admissão vão se abrindo mais, chegando a plena abertura em giros mais altos, configurando o motor como um 16V nativo.
Tendo refrigeração selada e bobinas individuais em cada vela, o propulsor da Honda trabalha geralmente em rotações mais altas, tendo 1.497 cm3 de volume e taxa de compressão de 10,4:1.
O 1.5 i-VTEC FlexOne tem tecnologia bicombustível com pré-aquecimento do combustível nas galerias de injeção indireta sobre o coletor de admissão em plástico e com variação de fluxo.
Com comando acionado por corrente e periféricos com correia em “V” (ar condicionado, bomba d´água e alternador), o motor de quatro cilindros da Honda entrega 115 cavalos na gasolina e 116 cavalos no etanol, ambos a 6.000 rpm.
No caso do torque, ele ocorre a 4.800 rpm e com 15,2 kgfm na gasolina e 15,3 kgfm no etanol, sendo uma força mediana, mas suficiente para as pretensões do City.
Ele trazia ainda câmbio manual de cinco marchas na versão DX, enquanto as demais vinham com câmbio CVT com modo Sport e opção de paddle shifts para mudanças manuais.
Nesse caso, em vez da programação básica de três relações infinitas, o CVT trazia a simulação de sete marchas, para criar a falsa sensação de mudança de marcha física.
Deve-se lembrar que o CVT tem duas correias de aço com polias variáveis duplas em cada extremidade da relação, criando assim uma variação que permite ao motor trabalhar de forma linear, independente da velocidade.
Sem esforço extra, o 1.5 i-VTEC consegue então boas médias de consumo, mas as polias e correias de aço também deslizam, o que torna as saídas e retomadas mais lentas.
Mesmo assim, existe a vantagem da economia, que chega a ser superior ao de um câmbio manual, por exemplo. Isso também garante maior conforto ao dirigir e menor ruído do motor, já que este sempre está em rotação mais baixa.
O Honda City conta com suspensão dianteira McPherson com subframe e barra estabilizadora atrás do eixo, enquanto a traseira tem eixo de torção. O modelo dispõe também de freios dianteiros ventilados e traseiros a tambor.
O tanque central tem 46 litros e não possui barreira de ondas, fazendo com que o volume líquido em movimento, seja audível aos ocupantes do veículo. Ele foi projetado ali para que o banco ULT fosse instalado, mas não no sedã.
Desempenho
O Honda City 2015 tinha um desempenho mediano para suas pretensões, muito em parte pelo motor 1.5 i-VTEC Flex One aspirado e com câmbio CVT, que torna as relações mais longas, privilegiando o consumo em detrimento do desempenho.
Com o motor aspirado buscando fôlego em regimes mais elevados, boa parte da força é drenada pelo câmbio CVT, que suaviza os esforços, mas não evita o deslizamento, deixando assim uma resposta bastante lenta se afundar o pé no pedal.
- Honda City 1.5 MT – 10,2 segundos e 180 km/h
- Honda City 1.5 CVT – 11,3 segundos e 175 km/h
Consumo
Nesse caso, com álcool ou gasolina, o Honda City 2015 tem um bom resultado em consumo na estrada, surpreendendo especialmente com o combustível vegetal, onde consegue fazer mais de 12 km/l em rodovia.
Na gasolina, ele chega a fazer em torno de 14,5 km/l, isso tanto no manual quanto no CVT. Na cidade, as médias ficam em 8,5 km/l e mais de 10 km/l, respectivamente com álcool e gasolina.
- Honda City 1.5 MT – 8,6/12,4 km/l e 10,3/14,6 km/l
- Honda City 1.5 CVT – 8,5/12,3 km/l e 10,3/14,5 km/l
Honda City 2015 – manutenção e revisão
O plano de manutenção da Honda envolve revisões a cada 10.000 km ou 12 meses, sendo que os valores abaixo são referentes ao mês de julho de 2020.
Eles não são valores pré-fixados pela Honda, mas próximos de um referencial, variando conforme a concessionária, num esquema que há muito tempo foi abandonado pela maioria das marcas no país.
Além disso, o custo das revisões até 60.000 km chegam a exorbitantes R$ 5,2 mil, o que é realmente muito, equivalente ao de um SUV de luxo importado. Isso tudo sem apresentar mecânica ou eletrônica que sejam mais complexas.
Então, ele se torna desvantajoso para quem quer um sedã de boa relação custo-benefício. As revisões de 40.000 km e 60.000 km são particularmente muito caras. Somadas, chegam a custar o mesmo que o período todo na concorrência.
Revisão | 10.000 km | 20.000 km | 30.000 km | 40.000 km | 50.000 km | 60.000 km | Total |
1.5 i-VTEC | R$ 346,78 | R$ 521,79 | R$ 570,78 | R$ 1.672,71 | R$ 570,78 | R$ 1.551,03 | R$ 5.233,87 |
Honda City 2015 – ficha técnica
Motor | 1.5 i-VTEC |
Tipo | |
Número de cilindros | 4 em linha |
Cilindrada em cm3 | 1497 |
Válvulas | 16 |
Taxa de compressão | 10,4:1 |
Injeção eletrônica | Indireta Flex |
Potência máxima | 115/116 cv a 6.000 rpm (gasolina/etanol) |
Torque máximo | 14,8 kgfm a 4.800 rpm (gasolina/etanol) |
Transmissão | |
Tipo | Manual de 5 marchas ou CVT |
Tração | |
Tipo | Dianteira |
Direção | |
Tipo | Elétrica |
Freios | |
Tipo | Discos dianteiros e tambores traseiros |
Suspensão | |
Dianteira | McPherson |
Traseira | Eixo de torção |
Rodas e Pneus | |
Rodas | Aço ou liga leve, aro 16 polegadas |
Pneus | 185/55 R16 |
Dimensões | |
Comprimento (mm) | 4.455 |
Largura (mm) | 1.695 |
Altura (mm) | 1.485 |
Entre eixos (mm) | 2.600 |
Capacidades | |
Porta-malas (L) | 536 |
Tanque de combustível (L) | 46 |
Carga (Kg) | 397 |
Peso em ordem de marcha (Kg) | 1.123 |
Coeficiente aerodinâmico (cx) | ND |
Honda City 2015 – fotos
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