Eles quase coincidiram na data, mas ambos chegaram nos primeiros dias de julho. De onde lado, um gigante que você pode comprar e fazer com ele o que quiser. Do outro, uma usina de energia com recursos de fazer inveja, retirados da Fórmula 1.
Em visões bem distintas, Ford e Maserati colocaram em pauta suas pretensões com motores a combustão, que vêm sendo amplamente ameaçados pelo crescimento dos carros elétricos e determinação de algumas nações em bani-los nas próximas décadas.
Godzilla
No caso da Ford, o propulsor não é exatamente algo novo, mas é recente. Gigante, o enorme V8 7.3 apelidado de ‘Godzilla’, mostra que o mercado americano está longe de extinguir seus dinossáuricos propulsores a gasolina de tamanho descomunal.
Equipamento da Ford F-250 Super Duty e F-350 Super Duty, o Godzilla certamente era cobiçado por clientes comuns, ávidos em botar as mãos sobre esse monstro, adaptando-o para outros carros, especialmente os clássicos dos anos 50 ou 60… Assim, a Ford Performance Parts converteu o V8 7.3 em um “crate”.
Com 436 cavalos e 65,4 kgfm, o Godzilla não impressiona tanto em números, mas realmente o faz em sua concepção. Este Big Block de fábrica pode ser comprado por US$ 8.150 e vem com o necessário para ser instalado em outros veículos, incluindo componentes eletrônicos, escape, adaptador de transmissão e tudo mais.
Plug and play, o V8 Godzilla tem bloco de ferro, comandos com balancins e injeção eletrônica, sendo feito para durar. Para quem busca mais potência, haverá um supercharger de 3.0 litros para alcançar 600 litros e um kit de preparação para chegar aos 700 cavalos.
Nettuno
Cruzando o Atlântico Norte, na península itálica, o Nettuno usou seu tridente novamente e disso saiu um poderoso V6 3.0 para mover um novo bólido italiano, o Maserati MC20, que pretende reafirmar a posição da marca de luxo.
O V6 Nettuno tem 90 graus com duas velas por cilindro (Twin Spark) e construção em alumínio, tem pré-câmara de combustão e é a primeira vez que isso é usado em um motor de produção seriada, segundo consta.
Em regimes de trabalho mais suaves, essa pré-câmara usa uma das velas para manter a combustão em nível inferior, ampliando-a por um duto com a segunda vela, obtendo assim um rendimento elevado como um todo.
Tendo dupla injeção (direta e indireta), o V6 3.0 Nettuno possui dois turbocompressores de rotor duplo e entrega 629 cavalos a 7.500 rpm e 74,2 kgfm entre 3.000 e 5.500 rpm.
Com giro máximo de 8.000 rpm, ele despejará sua força no esperado superesportivo da Maserati, que diz que seu novo motor é um desenvolvimento independente da Ferrari. No entanto, nem todo mundo está convencido disso.
Nascido com polêmica, o V6 Nettuno seria na verdade um desenvolvimento sobre os motores Ferrari F154 V-8 e Alfa Romeo 690T, de acordo com o site Road & Track, que teria observado semelhanças construtivas entre os três.
Segundo a publicação, todos os detalhes levam a crer que a Maserati utilizou o bloco dos F154 e 690T para fazer o Nettuno, não criando um propulsor do zero, “protegido por patentes internacionais”, como leva a crer. De qualquer forma, não deixa de ser um belo engenho tecnológico com ‘DNA’ respeitável.
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