A atualização remota é algo comum em smartphones, programas de computador e aplicativos diversos. Porém, essa tecnologia já está chegando aos automóveis.
Marcas como Tesla e BMW, por exemplo, já iniciaram programas nesse sentido, com ativação de funcionalidades por conexão remota, seja por download via smartphone ou OTA (Over-The-Air), que é uma comunicação direta com o veículo.
Nesse casos, o cliente recebe a atualização e adiciona ou retira funcionalidades dos veículos, sendo algumas gratuitas e outras pagas. Dessa forma, atualizações remotas abrem um novo filão de negócio para as marcas, que assim podem ganhar com aplicação de recursos extras não adquiridos pelos clientes na hora da compra do carro.
Os recursos podem ser dos mais variados, indo de ativação de aquecimento dos bancos até uma nova programação do motor e câmbio, pois, atualmente quase todos os componentes de um veículo estão interligados eletronicamente.
Dessa forma, podem ser acessados remotamente e ativados ou desligados conforme a necessidade. No caso da Tesla, por exemplo, houve uma polêmica sobre pacotes como Auto Pilot.
Em carros seminovos que já tinham a funcionalidade, esta foi desativada após a venda do veículo. A marca americana queria cobrar pela função novamente e, após a repercussão negativa, desistiu, mantendo o recurso.
No caso da BMW, a marca alemã divulgou essa semana sua estratégia de atualização remota de seus carros, com recursos como chave digital pela Apple ou BMW Operating System, que será iniciado em 7 de julho, com atualização OTA de 1 GB e com download de 20 minutos.
A BMW revelou que algumas funcionalidades podem ser ativadas ou desativadas por períodos entre 3 meses e 3 anos. Nesse caso, por exemplo, um carro poderia ter o aquecimento dos assentos funcional apenas nos meses de inverno ou o sensor crepuscular apenas nessa época, onde os dias são mais frios.
Trazendo para o nosso lado, seria o mesmo que ativar a ventilação dos bancos apenas no verão, assim como ar condicionado em nível mais elevado ou algo assim.
A tecnologia permitirá que a BMW cobre por recursos temporários, mas deixou claro que, estes estarão atrelados aos carros e não aos usuários, como no caso da polêmica envolvendo a Tesla.
A própria BMW já teve sua resposta negativa com pagamento extra para acesso ao Apple Car Play em 2018. Ela desistiu e isso pode ter influenciado muito na decisão atual.
A cobrança de recursos pode ser benéfica na revenda, onde o segundo dono pode dispor de mais recursos que o primeiro proprietário. De qualquer forma, é importante ficar de olho em como cada marca se utilizará da atualização.
O agregamento de recursos com o usuário só seria vantajosa, por exemplo, em carros compartilhados ou por assinatura, justamente em períodos como o citado acima, levando consigo aquilo que deseja, mesmo em modelos diferentes.
Esses recursos extras devem movimentar milhões ou bilhões de dólares nos próximos anos, dependendo da recepção dos clientes. E você, acha isso uma boa ideia?
[Fonte: Road & Track]
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