O Astra Sedan foi um sedã médio abaixo do Vectra, que fez muito sucesso no mercado brasileiro, tendo sido produzido entre 1998 e 2011 por aqui.
O modelo foi de grande importância para a General Motors do Brasil, pois representou o sucessor do Monza em termos de posicionamento no mercado, quando este se despediu no fim dos anos 90.
Antenado com a sinergia entre Chevrolet e Opel, o Astra Sedan chegou ao Brasil no mesmo tempo em que sua segunda geração (G) surgia na Europa. A primeira também foi vendida no país, mas em versões hatchback e perua entre 1994 e 1997.
O Astra Sedan inovou em alguns aspectos, especialmente em termos de combustíveis usados ao mesmo tempo, bem como foi uma versão mais elegante para o hatch, mais esportivo e jovial.
Quando a GM decidiu-se pelo modelo, eliminou a perua, ficando apenas o sedã e o hatch, com duas ou quatro portas.
No caso do três volumes, o carro servia muito bem entre o Corsa Sedan da época e o Vectra. No fim da vida, o Astra Sedan ficou entre Prisma e Cruze.
Na Europa, continuou evoluindo a atualmente (K) pertence ao grupo PSA com Opel/Vauxhall, sendo vendido também como Buick na China, pela GM.
Astra Sedan chega ao Brasil em 1998
Em 1998, a General Motors lançava no Brasil a segunda geração do Astra, em conformidade com a mudança na Europa (Opel). Lançado em setembro, o Astra Sedan chegava ao mercado com um visual bem mais moderno que o anterior, embora o estilo do primeiro seja bem elegante, especialmente o hatch. O sedã anterior nunca foi vendido no Brasil.
O aspecto geral era bem alemão, por causa da Opel, cuja influência era tão grande na Chevrolet, que até o logotipo desta teve que se adaptar ao relâmpago do fabricante de Rüsselsheim. A frente é baixa e larga, tendo capô envolvente, incorporando a grade retangular.
Os faróis eram duplos e incorporavam piscas. O para-choque era envolvente, tendo um vinco em baixo relevo na parte superior, assim como uma grade retangular bem extensa na parte inferior. Os faróis de neblina iam dentro dessa grade, nas extremidades.
As laterais possuíam molduras nas saias de rodas, mas estas eram integradas à carroceria e para-choques. As portas tinha um desenho limpo, reforçado por maçanetas embutidas, que ajudavam a reduzir o arrasto aerodinâmico. Os retrovisores iam nas colunas A e eram dobráveis.
O desenho das colunas C evidenciava a importância do hatchback para a Opel, que foi a marca que o desenhou na Alemanha. Aqui, a GM apenas adaptou o projeto alemão. As portas traseiras era as mesmas do hatch e não havia vigias laterais para dar fluidez ao desenho. Então, o Astra Sedan ficou parecendo apenas um hatch com porta-malas saliente.
A traseira não era muito proeminente e as lanternas eram as mesmas do hatch, verticalizadas e dando ao bagageiro um vão de acesso ao compartimento muito bom. A tampa tinha um pequeno defletor de ar, que dava um aspecto mais esportivo ao sedã da GM.
Uma moldura sobre a placa e o para-choque com o mesmo estilo do frontal, vincado e de linhas suaves. O Astra Sedan ainda tinha frisos protetores nas laterais, repetidores de direção nos para-lamas dianteiros (a partir de 2001, de série), rodas de liga leve aro 14 polegadas em forma de estrela de seis pontas, saias laterais e antena no teto.
O Astra Sedan nacional era caracterizado por um console central alto com check control digital em laranja na parte superior, difusor de ar duplo, sistema de áudio com toca-fitas ou CD player, comandos convencionais ou digital (automático). Havia também porta-objetos sem tampa e outro fechado (cinzeiro).
O volante de três raios tinha um bom aspecto, sendo que a buzina era acionada por dois botões nas extremidades, bem como dispunha de ajuste vertical da coluna. A instrumentação analógica vinha com dois mostradores grandes para velocímetro e conta-giros, bem como dois menores: nível de combustível e temperatura da água.
Nas portas, chamava atenção os puxadores igualmente verticais e com comandos de vidros elétricos, trava de segurança e ajustes dos espelhos externos bem elevados, sendo estes últimos além da posição das maçanetas internas.
Os bancos do Astra Sedan eram confortáveis e o espaço interno era bom, incluindo luzes de leitura e banco traseiro bipartido com apoio de braço central e cabeças.
O Astra Sedan media 4,250 m de comprimento, 1,709 m de largura, 1,431 m de altura e 2,614 m de entre eixos. O porta-malas tinha 460 litros e o tanque, outros 52 litros de volume.
Com a atualização de meia vida, que ocorreu em 2003, o Astra Sedan passou a ter 4,342 m de comprimento e 1,425 m de altura. Apesar disso, foi um dos carros que menos mudaram visualmente na recente história automotiva nacional.
Astra Sedan: motores
O Astra Sedan chegou ao mercado com três opções de motor da velha Família II, que na Europa estava sendo abandonada em favor do mais moderno Ecotec. No fim dos anos 90, o álcool estava em desuso e a boa e velha gasolina era que reinava.
Com injeção eletrônica multiponto, o motor OHC 1.8 da versão GL tinha 110 cavalos a 5.400 rpm e 15,8 kgfm a 4.800 rpm. O câmbio era manual de cinco marchas e o sedã vinha ainda com rodas aro 13 polegadas de aço e calotas, tendo pneus 185/70 R13. Pesando 1.100 kg, o Astra Sedan GL 1.8 ir de 0 a 100 km/h em 13,1 segundos e tinha máxima de 186 km/h.
O modelo fazia 9,6 km/h na cidade e 13,6 km/l na estrada. Usado principalmente para táxi, inclusive parte da campanha de marketing do modelo na GM, o Astra Sedan GL era o mais simples da gama.
Outra opção na época do lançamento era o 2.0 OHC com cabeçote de 8V e injeção multiponto. O propulsor de 1.998 cm3 entregava 112 cavalos a 5.200 rpm e 17,3 kgfm a 2.400 rpm. O bom desse motor era o bom torque em baixa, que dava ao Astra Sedan, uma performance muito boa.
Pesando 1.130 kg, a versão GLS era exclusiva com ele e tinha rodas aro 14 de liga leve com pneus 185/65 R14. Com câmbio manual, o sedã ia de 0 a 100 km/h em 10,6 segundos com máxima de 188 km/h. O consumo era praticamente igual ao do 1.8, fazendo 13,6 km/l na estrada e 9,5 km/l na cidade.
Por fim, o trio de motores era finalizado pelo 2.0 DOHC 16V da família II. Com duplo comando no cabeçote, o propulsor também tinha injeção multiponto e entregava 136 cavalos a 5.200 rpm, bem como 19,2 kgfm a 4.000 rpm.
De qualquer forma, o Astra Sedan GLS 2.0 16V ia rápido de 0 a 100 km/h, medidos em 9,3 segundos e com final de 203 km/h. Mesmo com esse desempenho todo, graças também ao bom câmbio manual de cinco velocidades, fazia 9,4 km/l na cidade e 13,5 km/l na estrada.
Mas, e o câmbio automático? Essa transmissão de quatro marchas só apareceu em 2002, quando a nova versão CD assumiu a posição que era anteriormente da GLS, sendo oferecido somente no CD 2.0 8V. Depois, o equipamento foi oferecido para o restante da gama com o passar dos anos.
No fim de 2003, o motor 1.8 OHC com gasolina, sai de cena, entrando o 1.8 OHC abastecido com álcool para os frotistas. Nesse caso, a GM até promoveu a versão táxi do Astra Sedan, que vinha com 110 cavalos a 5.200 rpm e 16,8 kgfm a 2.400 rpm, quase o mesmo rendimento do 2.0 8V a gasolina.
Ia de 0 a 100 km/h em 11 segundos e tinha máxima de 188 km/h, além de consumo urbano de 7,5 km/l e rodoviário em 11,0 km/l.
Flexpower e Multipower
Em 2004, a GM racionalizou a linha do Astra Sedan. O motor 2.0 8V agora passava a ter a tecnologia bicombustível (flex) e foi renomeado Flexpower. Juntando gasolina e álcool, agora chamado etanol, o propulsor rendia 121 cavalos no primeiro e 127,6 cavalos no segundo combustível, ambos a 5.200 rpm. Os torques eram de 18,3/19,6 kgfm a 2.400 rpm.
Isso permitia ao sedã ter máxima de 203 km/h e aceleração até 100 km/h em 11,1 segundos. Ele fazia 6,7/8,7 km/l na cidade e 10,1/12,9 km/l na estrada, respectivamente com gasolina e etanol.
A versão Multipower não durou muito, mas trazia ainda a opção do GNV de fábrica, com o devido tanque pressurizado instalado no fundo do porta-malas.
Em 2009, o 2.0 Flexpower ganhou um impulso com a derradeira preparação do Família II para o Vectra, que passava a dispor de 133 cavalos na gasolina e 140 cavalos no etanol, ambos a 5.600 rpm. Os torques eram de 18,9/19,7 kgfm a 2.600 rpm.
No manual, os consumos eram de 5,7/8,5 km/l na cidade e 8,0/11,4 km/l na estrada, enquanto no manual, ele fazia 6,1/8,6 km/l no ciclo urbano e 8,2/11,5 km/l no rodoviário. No desempenho, precisava de 11,1 segundos para ir até 100 km/h no automático e 9,8 segundos no manual. As finais eram de 197/199 km/h, respectivamente com gasolina e etanol.
Mudanças ao longo do tempo
Quando chegou ao mercado brasileiro, em 1998, o Astra Sedan tinha duas versões: GL e GLS. A oferta contava com três motores da Família II da GM (na Europa era o Ecotec), todos movidos por gasolina. O modelo tinha como destaque a direção eletro-hidráulica, que dava mais conforto ao dirigir e sensação de segurança.
Em 2000, surgiu a série Millenium 2000, baseada na GL 1.8 e mais equipada. No ano seguinte, a direção eletro-hidráulica sai de cena e a versão Sport 2.0 8V. No ano de 2002, surgem as séries especiais Sunny e a Expression.
O facelift de 2004, deu ao Astra Sedan um visual mais encorpado e inspirado na Cadillac. A frente triangular ficou mais proeminente e mudanças foram vistas no capô (com grade estilizada) e para-choque em “V”. Os faróis de projetores circulares chamavam atenção, assim como o para-choque traseiro quadradão, lembrando o Malibu da época.
As versões eram Comfort, Elegance e Elite no lugar das anteriores. Os motores Flexpower e Multipower (GNV), alavancavam o Astra Sedan atualizado.
Em 2005, sai a Comfort e entra a Advantage. Dois anos depois, saem de cena Elegance e Elite. Em 2009, o motor Flexpower de até 140 cavalos é sensação, mas dura pouco: o Chevrolet Astra Sedan morre em 2011 na versão Advantage. Com design atraente, bom espaço interno e desempenho adequado, deixou saudades.
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