terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Ferrari F40: dentista brasileiro é processado por copiar esportivo

Ferrari F40: dentista brasileiro é processado por copiar esportivo

A Ferrari está de olho na confecção de réplicas de seus carros em todo o mundo. A marca italiana dos superesportivos mais famosos sempre está ligada em anúncios de cópias de seus produtos e não perde tempo em processar os envolvidos. Esse é o caso do dentista Vitor Estevan (31), no interior de São Paulo.

Ele próprio construiu o carro em casa, mas ao passar por dificuldades financeiras, não imaginava que a venda da réplica, uma alternativa para cobrir os prejuízos pessoais, acabaria lhe rendendo um processo movido pelo fabricante do cavalino rampante. Morador de Cachoeira Paulista, no Vale do Paraíba, Vitor não tinha intenção de vender o carro.

Fã da Ferrari desde criança, ele decidiu construir uma réplica em casa e para uso próprio, utilizando para isso peças e componentes de carros usados, comprados em leilões de carros avariados, bem como chapas e vigas da estrutura, adquiridas em lojas de materiais de construção.

Ferrari F40: dentista brasileiro é processado por copiar esportivo

O modelo escolhido para ser construído foi a Ferrari F40, que surgiu originalmente em 1987 e foi sensação na época. Ela tinha motor V8 2.9 Biturbo de 478 cavalos e câmbio manual de cinco marchas, indo de 0 a 100 km/h em 4,3 segundos. Com produção até 1992, o bólido de Maranello teve 1.311 unidades comercializadas em todo o globo.

Entretanto, ao anunciar a réplica da F40 – ainda inacabada – a Ferrari lá na Itália descobriu a oferta e contratou um advogado brasileiro para mover um processo contra Vitor. O veículo, que demandou 1 ano e dois meses de trabalho artesanal, onde até mesmo o ferramental teve de ser construído, acabou sendo apreendido sob a alegação de que o dentista estava infringindo a lei de patentes.

Ferrari F40: dentista brasileiro é processado por copiar esportivo

A defesa da Ferrari alega que Vitor utilizou desenhos industriais protegidos pela marca. O veículo foi apreendido e levado para a Polícia Civil. O carro havia sido anunciado por R$ 80 mil, mas o anúncio foi retirado e Vitor teve que vender o consultório para pagar as dívidas, em decorrência de um assalto ao estabelecimento.

Ainda assim, a Ferrari continua com o processo que vai apurar se o dentista construiu o carro visando lucro. O fabricante italiano pede a destruição da réplica, mas isso só ocorrerá se a perícia determinar que houve essa intenção na fabricação do veículo. O inquérito tem de ser concluído até 12 de fevereiro.

Vitor pode ainda responder por copiar desenho industrial sem autorização do fabricante. Não é de hoje que a Ferrari busca réplicas pelo mundo, visando descobrir principalmente aqueles que visam lucro na venda e que tenham uma linha de produção. O caso está repercutindo nas redes sociais.

[Fonte: Estadão/G1/Fotos: Arquivo pessoal]

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