Nos anos 90, quando o Euro NCAP surgiu, praticamente nenhum fabricante de veículos queria ver seus carros colocados à prova em termos de segurança. Hoje, as famosas estrelas do instituto independente europeu estão devidamente adesivadas (como propaganda) em alguns modelos que se destacam na avaliação de proteção, feita pela entidade.
Os testes de segurança do Euro NCAP viraram referência no velho continente, assim como os do IIHS nos EUA, que hoje tem importância (e impacto) muito maior que o federal NHTSA. Mas, de volta à Europa, os testes de segurança do instituto, que se espalhou para outras regiões, incluindo a nossa região com o Latin NCAP, agora quer buscar a verdade sobre as emissões de poluentes.
O Green NCAP é um novo programa de avaliação ambiental que o instituto está lançando na Europa, tendo apoio de organizações ambientalistas, governos locais e ajuda de laboratórios em oito países para fazer a avaliação dos carros. O objetivo claro é verificar se existem discrepâncias entre os dados do fabricante e os reais, apurados nos testes de emissão.
Após o Dieselgate, que não só expôs a verdade sobre a Volkswagen e outras marcas europeias (incluindo também americanas), a Europa acabou descobrindo a realidade por trás do diesel, incentivado oficialmente no continente durante décadas.
Agora, sob pressão do Euro 6.1 e também de restrições impostas por cidades e países, a região tem uma nova fonte para revelar o que de fato anda saindo do escape dos carros vendidos na União Europeia. Da mesma forma que no Euro NCAP, o Green NCAP classifica as emissões dos carros novos até 5 estrelas.
O instituto explica que se um determinado modelo zera na classificação do Green NCAP, ele não necessariamente é um carro “sujo” em termos de emissão, já que o parâmetro de avaliação, nesse caso, é atender os requisitos mínimos da legislação ambiental. Então, aquele que obter 5 estrelas, terá a melhor relação entre consumo e emissão.
Dois índices são usados para se obter a média e a pontuação: Índice de Ar Limpo (hidrocarbonetos não queimados, monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio e partículas) e Índice de Eficiência Energética, que aqui no Brasil é medida em MJ/km. Logo de cara, o Green NCAP pegou 12 carros para testes.
Os elétricos BMW i3 e Hyundai Ioniq EV ganharam naturalmente 5 estrelas. O VW up! GTI ganhou 4 estrelas, seguido de BMW X1 2.0 e Mercedes-Benz A200 1.4 com três. Ford Fiesta 1.0 EcoBoost levou duas, enquanto Audi A7 50TDI, Subaru Outback 2.5 e Volvo XC40 T5 ganharam apenas uma estrela. Por fim, zeraram Ford Fiesta 1.0 EcoBoost (Euro 6), Fiat Panda 1.0 e VW Golf 1.6 TDI, que assim atendem somente o mínimo exigido por lei.
[Fonte: Auto Evolution]
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