Diferente do Brasil, a Argentina não partiu para um acordo de livre comércio com o México. O país vizinho também tinha prazo limite em março para estabelecer uma liberação geral de cotas de importação e exportação com seu parceiro da América do Norte. Entretanto, diante da crise no setor automotivo, o governo retrocedeu.
Assim como no caso da Anfavea – entidade que reúne as maiores montadoras do Brasil – a Adefa também pressionou o governo de Buenos Aires para tentar manter o regime de cotas livres de imposto de importação por mais um tempo. A associação dos fabricantes de veículos de lá, conseguiu o intento.
O motivo é que a indústria automotiva argentina não é capaz de manter a mesma paridade de volume com seu parceiro mexicano, altamente focado em exportações. Assim, a balança comercial entre os dois países só beneficiaria a terra dos Astecas. Então, a nova data para o livre comércio é de março de 2022.
Até lá, as montadoras instaladas na Argentina, deverão correr para se adaptar ao comércio com o México. O acordo atual revisa as cotas entre os dois lados para que o vizinho do sul não perca tanto. No caso dos fabricantes, a vitória é parcial, pois o problema local de competitividade continua sem solução.
O Brasil também quer um acordo sem limites com a Argentina e o tratado com o México serve de pressão sobre os hermanos. Em crise, o país vê suas fábricas esvaziarem. Algumas instalações reduziram turnos e fizeram paradas técnicas por causa da queda nas vendas. A Fiat mesmo fechou a fábrica de transmissões no país e demitirá 300 pessoas.
No entanto, nem tudo está ruim. A Honda vai investir US$ 120 milhões em Campana, mas não para fazer carros. O aporte é para produção de motocicletas. Já a Volkswagen para em General Pacheco por uns dias, mas para construir a linha de montagem MQB do Tarek, seu SUV anti-Compass, que chega em 2020.
[Fonte: Autoblog Argentina]
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