quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Subaru Legacy 2020 revela detalhes antes de estreia em Chicago

Subaru Legacy 2020 revela detalhes antes de estreia em Chicago

A nova geração do Subaru Legacy deverá ser revelada ao público americano em 9 de fevereiro, no Salão de Chicago. Com imagens escurecidas, o sedã topo de linha da marca japonesa surge com linhas suavizadas, com destaque para o conjunto ótico de LED com dupla assinatura em LED.

A carroceria terá um volume maior e as colunas C serão menos inclinadas, mas prolongadas sobre o porta-malas. A linha de cintura terá terminação nestas colunas com suave inclinação. As portas traseiras parecem maior, mas talvez mais por conta do teto mais alto e amplo.

Subaru Legacy 2020 revela detalhes antes de estreia em Chicago

Por dentro, o painel recebe um novo conjunto, onde a multimídia terá uma tela sensível ao toque com diversas aplicações, incluindo Google Android Auto e Apple Car Play, bem como ar condicionado dual zone integrado. O sistema operacional é chamado MySubaru e terá outros itens, como reprodução de imagens do sistema EyeSight, tendo inclusive um botão de acesso.

Essa tecnologia de segurança ativa conecta duas câmeras inteligentes de alta resolução para detecção de veículos, ciclistas e pedestres, além de orientar sistemas como leitor de faixas e controle de cruzeiro adaptativo. O acabamento foi refinado com couro costurado em maior profusão, especialmente no painel.

Subaru Legacy 2020 revela detalhes antes de estreia em Chicago

O Subaru Legacy 2020 será feito sobre a plataforma modular que já sustenta os modelos Impreza, Forester e Ascent. Espera-se que esta sétima geração do sedã venha plena em eletrificação, mas também sabe-se que o uso do boxer 2.5 está garantido, assim como o câmbio CVT Lineartronic e o sistema de tração S-AWD.

Subaru Legacy 2020 revela detalhes antes de estreia em Chicago

Fala-se no uso de motor boxer 2.0 de quatro cilindros com turbocompressor, o que ajudará na redução de emissão e melhora no desempenho. Com o Legacy 2020, a Subaru agora só se preocupará com o próximo BRZ. Nos EUA, a marca nipônica tem enorme reputação, mas suas vendas são só um pouco melhores que as da Volkswagen.

 

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Renault Alaskan é flagrada na Argentina e reflete clássico renascido

Renault Alaskan é flagrada na Argentina e reflete clássico renascido

A Renault Alaskan em breve estará no mercado brasileiro e reforçará o time da aliança Renault-Nissan no país, que já possui a Nissan Frontier feita em Córdoba, norte da Argentina. Falando no vizinho do sul, uma unidade dessa picape média da marca francesa foi vista em um posto de combustíveis.

Irmã da Frontier e também da Mercedes-Benz Classe X, que já está pronta para o Brasil, aguardando lançamento, a Renault Alaskan é uma alternativa da empresa para ficar acima da Oroch e completar o volume que o grupo franco-nipônico pode estar almejando com as duas picapes médias.

Renault Alaskan é flagrada na Argentina e reflete clássico renascido

Ainda não se sabe exatamente como será a oferta da Alaskan no Brasil, mas obviamente versões mais completas e caras serão oferecidas. Porém, espera-se também por opções de frota, mais em conta e quem sabe até especializadas, como acontece no mercado europeu.

A motorização basicamente será a 2.3 dCi com um ou dois turbos, entregando assim 160 ou 190 cavalos, respectivamente. Câmbio manual de seis marchas e automático com sete também estarão presentes. Um fogo amigo deve ser gerado, assim como entre Kicks, Captur e Duster, mas parece que a aliança resolve bem essa questão.

Então, não devemos esperar a Alaskan com limitações de oferta e nem de preço. Logicamente, a Renault deve lançar mão de uma estratégia de marketing e produto diferente da Nissan, reforçando a identidade da picape. Esta, por sua vez, vista na Argentina, teve apenas a parte traseira fotografada, mas na imagem, algo diferente aparece.

Renault Alaskan é flagrada na Argentina e reflete clássico renascido

Trata-se do Alpine A110, visto em testes junto com a Alaskan. Como se sabe, o mercado argentino é mais receptivo aos carros esportivos europeus. Este cupê ligado à Renault deve chegar em breve por lá, mas também não seria um estranho por aqui.

Remetendo ao clássico Alpine A108, da qual é considerado sucessor, o A110 é uma releitura moderna deste bólido francês, que foi fabricado no Brasil pela Willys e batizado de Interlagos. Ou seja, se o novo esportivo francês chegar ao país, ele já terá uma ligação histórica com nosso mercado.

[Fonte: Autoblog Argentina]

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Física e música: curiosidades – Mundo Educação

Você sabia que a Física e a música são mais próximas do que parecem? As músicas são construídas com base em uma sucessão de sons tocados com periodicidade.
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Arrecadação de royalties de Petróleo: Futuro de Economia do Petróleo

A Agência Internacional de Energia (AIE) alerta sobre a possibilidade de volta ao déficit no mercado global de petróleo ainda no primeiro semestre de 2019. Tudo depende da implantação dos cortes anunciados por grandes países produtores – Opep e Rússia — e da velocidade de aumento da demanda neste ano. A agência projeta o Brasil aumentar sua produção diária para 3,7 milhões de barris de petróleo em 2025, 4,3 milhões em 2030 e 4,8 milhões em 2035.

O país encerrou 2018 com a melhor arrecadação federal de tributos em quatro anos, com uma receita total de R$ 1,457 trilhão, um crescimento real de 4,74% na comparação com 2017. O desempenho foi ajudado tanto pelo recolhimento geral de tributos como pelos royalties de petróleo. Eles alcançaram uma participação recorde nos números. Apesar do desempenho, os dados apontam para uma perda de ritmo no fim do ano.

O avanço acumulado das chamadas receitas administradas (que reúnem o
recolhimento tributário), usado como referência pelo Fisco para sinalizar a
trajetória dos números, arrefeceu no fechamento de 2018. Se no começo do
ano o avanço acumulado beirava 5% frente um ano antes (aos 4,82%), em março passou a ser próximo da casa dos 4% e chegou a dezembro em 3,41%. Os dados eliminam efeitos não recorrentes, como programas de regularização de dívida e alterações na tributação de combustível.

As receitas administradas registraram o primeiro avanço em cinco anos ao crescer 3,41% em relação a 2017, para R$ 1,398 trilhão.

O principal avanço na arrecadação em termos percentuais é no recolhimento do Imposto sobre Produtos Industrializados vinculados à importação. O crescimento foi de 21,58% frente um ano atrás, para R$ 59,5 bilhões. É quase o dobro do avanço da tributação sobre o lucro das empresas (IRPJ/CSLL), por exemplo – que teve crescimento de 12,37%, para R$ 224,3 bilhões. O PIS/Cofins aumentou 6,78%, para R$ 311,4 bilhões.

Já a receita previdenciária (ligada ao nível de massa salarial no país) encerrou 2018 com um crescimento de apenas 0,06%, para R$ 423,1 bilhões. “A taxa de desemprego está caindo devagar. A massa salarial está crescendo, mas em ritmo mais baixo que há alguns anos. Então temos uma arrecadação importante, mas em ritmo ruim.

O desempenho tímido de indicadores como esse é compensado pelo o crescimento expressivo de uma rubrica que não está sob o controle da Receita. As chamadas receitas não administradas, que incluem principalmente os royalties de petróleo, contribuíram com R$ 58,2 bilhões em 2018 (equivalente a quase duas vezes o Bolsa Família), o que representa um crescimento real de 51,79% no ano passado.

O principal fator para o aumento é a elevação do preço internacional do petróleo. A rubrica alcançou o maior patamar da série histórica da Receita, padronizada a partir de 2010. Essas receitas passaram de 2,4% do total arrecadado pelo país em 2017 para 3,7% em 2018.

Ribamar Oliveira (Valor, 25/01/19) analisa abaixo.

“A receita total de tributos federais em 2018 subiu 4,74%, em termos reais, em comparação com o ano anterior – o maior aumento para o resultado anual desde 2011. O aumento foi muito superior ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado, estimado em 1,3% pelos analistas de mercado.

O excepcional resultado não pode ser explicado apenas pela melhoria da economia e da rentabilidade das empresas. Em boa medida, ele decorre das chamadas receitas administradas pelos outros órgãos do governo, que subiram 51,79% em 2018, em termos reais, na comparação com 2017 – em valores nominais, o aumento foi de R$ 21,3 bilhões.

O crescimento da arrecadação de royalties, principalmente do petróleo, é que explica o desempenho dessas receitas. Se elas tivessem se mantido no mesmo valor de 2017, em termos reais, o crescimento da arrecadação federal total em 2018 teria sido de 3,4%, e não de 4,74%.

A arrecadação dos tributos administrados pela Receita Federal (incluindo a contribuição previdenciária) subiu 3,41%, em termos reais. O desempenho ruim se deve à receita previdenciária, que praticamente ficou estável no ano passado, na comparação com 2017, subindo apenas 0,06%, em termos reais. Isto significa que a redução do desemprego ainda não se refletiu na arrecadação da Previdência.

A melhora da economia e a da rentabilidade das empresas tiveram, efetivamente, impacto na arrecadação. A receita do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ), por exemplo, aumentou 13,81%, em termos reais, na comparação com 2017, enquanto a receita da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) subiu 9,85%.

Mas os aumentos da arrecadação desses dois tributos não refletiram somente a melhoria da rentabilidade. Houve recolhimentos extraordinários, em fevereiro de 2018, de, aproximadamente, R$ 1,4 bilhão, referentes a operações envolvendo ativos de empresas.

Além disso, a Lei 13.670/18 vedou a compensação de créditos tributários com débitos relativos ao recolhimento mensal por estimativa. Essa vedação contribuiu para o crescimento da arrecadação do IRPJ.

A receita da Cofins, que é o tributo que mais reflete a atividade econômica, pois incide sobre o faturamento das empresas, aumentou 6,85%, em termos reais na comparação com 2017, enquanto que a arrecadação do PIS subiu 6,50%.

Mas os aumentos da arrecadação da Cofins e do PIS não refletiram somente a melhoria da economia. As receitas dos dois tributos foram incrementadas pela elevação das alíquotas aplicáveis ao diesel e à gasolina a partir do último decêndio de julho de 2017. Somente por conta disso, a arrecadação federal em 2018 subiu R$ 8 bilhões na comparação com o ano anterior.

A forte alta do dólar no ano passado, provocada pelas incertezas em torno da eleição presidencial, impulsionou a arrecadação do Imposto de Importação, que aumentou 20,67%, atingindo R$ 41,3 bilhões.

Finalmente, no período de janeiro a dezembro de 2018, a Receita Federal realizou ações de cobranças que representam, em valores, R$ 102,1 bilhões. O resultado foi 5,5% superior ao mesmo período de 2017. Segundo o Fisco, o crescimento pode ser justificado principalmente pela cobrança de pessoas jurídicas em atraso e pelos depósitos judiciais discutidos em lançamentos efetuados no âmbito da Receita.”

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Alavancagem Financeira em lugar da Parcimônia

Paradoxalmente, Marx e a literatura de esquerda destacam a revolução industrial, talvez por causa do surgimento de operários capazes de se organizarem em sindicatos e partidos, e não a prévia revolução financeira, ocorrida originalmente na Holanda do século XVII. Até hoje parte da esquerda se comporta como os cristãos medievais antissemitas e contra os usurários (e/ou rentistas) na hora de pagar juros de dívida.

Os holandeses não tinham uma Monarquia Absolutista. Os governos do Estado e das cidades eram administrados por mercadores e outros burgueses – moradores das cidades – voltados para os negócios, então, cidadãos de classe de renda média. As leis locais favoreciam a iniciativa privada. Os impostos eram diminutos. As receitas arrecadadas eram gastas em investimentos ligados aos negócios, como melhorias no porto, em vez de ir para os cofres privados de nobres dinastias.

Havia poucas barreiras de classe ou religiosas impeditivas de um homem comum para abrir um negócio. Qualquer filho de agricultor imigrante, qualquer judeu fugindo da Espanha, Quaker da Inglaterra ou luterano da Alemanha era bem-vindo para aplicar seu dinheiro em um empreendimento comercial na economia local.

A arte de vender é um sentimento de empatia — uma abordagem, uma atitude, um sentimento a respeito de um comprador para se colocar no lugar dele e fazer uma proposta adequada. Alguns homens têm, outros não, independentemente de seu nível de ensino. O capitalismo comercial “pacificou” o mundo, relativamente ao passado medieval, em lugar da conquista de territórios alheios pela morte dos proprietários. Quando surgiu a divisão de trabalho perdeu o sentido matar os fornecedores!

No entanto, a Companhia das Índias Orientais, fundada em 1602 por holandeses, assim como a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, fundada em 1621, tinha navios com capacidade bélica contra os piratas. Ambas estabeleceram colônias em busca do comércio de especiarias das Américas do Sul e do Norte, África, Índia e outros lugares distantes. Invadiram a colônia portuguesa nas Américas quando Portugal estava sob o reino espanhol, inimigo do holandês. Foram as primeiras corporações constituídas por ações. Para financiar os navios, os holandeses começaram a desenvolver uma bolsa de valores rudimentar em Amsterdam. Mais adiante, criaram o primeiro Banco Central.

A maior descoberta holandesa foi verdadeira revolução financeira: para se conseguir dinheiro a melhor maneira é lidar diretamente com o próprio dinheiro, em vez de acumulá-lo, indiretamente, através da negociação de bens e serviços. Os holandeses do século XVII exploraram o percurso direto para a riqueza através do manuseio do dinheiro, de modo a controlar seu fluxo e direcionar parte dele diretamente para sua própria conta bancária.

Com a revolução industrial, a partir da segunda metade do século seguinte, as massas de cidadãos comuns na maioria das nações seguiram exploradas praticamente sem dinheiro. A baixa esperança de ganhá-lo era combatida pelos mitos de homens capazes de ficar ricos com o próprio esforço. A ética protestante divulgava o espírito do capitalismo da parcimônia, vendida como panaceia até hoje por economistas ortodoxos quando pregam a poupança ser a condição do investimento para enriquecimento.

A “regra de ouro” do comércio de qualquer coisa é comprar barato e vender caro. Se você acredita a ter ou poder adquirir essa capacidade de vendas, então, não precisa de mais nada para se tornar rico. Enquanto isso, quem não a tem acredita a aversão ao consumismo ser o sacrifício exigido para o enriquecimento progressivo, lento e gradual.

O otimismo é a atitude mais valiosa pregada pelos professores da fortuna – e pelos autores de autoajuda financeira. Eles não oferecem garantias de seu dinheiro de volta. Afinal, se não deu certo, a culpa é sua por não se esforçar suficientemente no ensinado.

Através da prece, da parcimônia, do esforço, da honestidade, da coragem, da perseverança e de outros atributos admirados da ética protestante, ascenderiam à riqueza material. Por essas falsas promessas, as igrejas evangélicas neopentecostais têm multiplicado o número de fiéis e aumentado sua representação no Congresso Nacional, encarnando uma das mais importantes mudanças culturais – e políticas – do Brasil.

Essencialmente, a pregação segue sempre a mesma fórmula: um infeliz triunfa sobre a adversidade aplicando as regras da Bíblia. Um acaso o ajuda em sua ascensão, mas a inferência divina é porque ele a merece, afinal, trabalha duro, reza muito, tem pensamentos puros e uma atitude mental positiva. É o modelo perfeito de gente de bem, honrada, corajosa, forte e capaz de enfrentar “os petistas”. Estes são de gente do mal, ardilosa e desprezível, pregadora da ideologia do “marxismo cultural globalista” (sic). O passatempo dessa gente encapetada é fechar templos e distribuir kits-gay.

As principais religiões cristãs tentam convencer as pessoas de a virtude ser a própria recompensa. Na realidade, a pobreza seria preferível à riqueza, porque dinheiro demais inevitavelmente levaria à dissolução e à danação. O dinheiro seria concebido para ser a raiz do mal. Um homem sábio não trabalha pelo dinheiro, mas pelo trabalho em si. O trabalho é purificador. O suor é sagrado aos olhos do Senhor. Viva a exploração!

Pela Teologia da Prosperidade, existem milhares de empreendimentos capazes de oferecer aos pobres cidadãos oprimidos por impostos, pela inflação e apenas com renda média, uma chance de ficarem ricos. Basta seguir a regra de ouro do comércio: comprar barato e vender caro. Você pode até usar O Mercado divino: criando empresas fantasmas ou templos imaginários, conseguindo pessoas para comprarem ações dessas empresas ou pagarem dízimos, e manipulando o fluxo de dinheiro resultante de maneira a parte dele terminar em seu bolso.

Mas a técnica de usar o dinheiro dos outros – alavancagem financeira – é mais comum. Na verdade, é o segredo do negócio capitalista: usar recursos de terceiros. É inspirado na junção da revolução financeira com a revolução industrial de elevação da produtividade na produção de mercadorias em escala massiva para compra-e-venda.

É possível apresentar um exemplo simples. Caso você tenha 100 mil reais para investir em imóveis, você encontra um terreno em algum lugar, por exemplo, no limite de uma cidade do interior em expansão, uma área onde os valores dos imóveis estão subindo, por exemplo, 25% a cada dois anos. Aí você aplica o seu dinheiro para acumular mais.

Com recursos próprios, você encontra um terreno à venda por 100 mil reais e investe todo o seu dinheiro nele. Dois anos depois, você o vende por R$ 125.000. Você ganha 25% do seu capital inicial.

Com recursos de terceiros, isto é, dos outros depositados em bancos, em vez de um terreno de 100 mil reais, você pode comprar uma casa de 400 mil reais. Você coloca os seus R$ 100 mil de entrada na casa e toma emprestados os 300 mil reais restantes de um banco. Após dois anos, a casa teve também uma valorização de 25%, tal como o terreno. Ela passa a valer 500 mil reais. Você a vende, amortiza o empréstimo (e paga os baixos juros) ao banco e sai do negócio com aproximadamente 200 mil reais, descontados esses juros. Em vez de realizar meros 25%, você dobrou o seu dinheiro, ganhando 100% ao usando o dinheiro dos outros.

Alavancagem financeira diz respeito a obter a mesma valorização do ativo com a tomada de um empréstimo de capital de terceiros, dando muito maior escala na compra desse ativo. No exemplo, até dobra o capital próprio, ou seja, obtém uma rentabilidade de 100% sobre o próprio capital em caso de juro zero. O limite do juro a ser pago tem de ser inferior à rentabilidade patrimonial apenas com capital próprio para valer a pena.

Os juros, impostos e taxas de corretagem podem ser cobertas por valorização superior. A desvantagem desse investimento com uso de recursos de terceiros é envolver um grau maior de risco. Se o mercado imobiliário local se desvalorizar, enquanto você estiver no meio do investimento, ele deixa você endividado. Ou você suporta esta dívida até o mercado melhorar a cotação do imóvel ou vende seu investimento, realizando um prejuízo.

Ao contrário da pregação da parcimônia virtuosa, ficar muito rico sem correr riscos é virtualmente impossível. Todos os muito ricos, se não tiveram a fortuna herdada, tiveram de abrir mão de absoluta prudência e segurança. Ficar muito rico (com fortuna acima de 100 milhões de dólares) sem abrir mão do emprego assalariado no setor público com estabilidade garantida é impossível sem um comportamento corrupto ou aético.

Você pode esperar por um pouco mais de riqueza se vender uma habilidade profissional como freelance, ou tornando-se um cirurgião (ou uma “celebridade”) com fama na mídia. Mesmo assim, suas chances de chegar aos 100 milhões de dólares é muito baixa se pertencer à casta dos militares da caserna, à casta dos sábios-intelectuais ou à casta dos trabalhadores, isso sem falar nos párias. Tem de pertencer à casta dos mercadores ou à casta dos sabidos-pregadores de virtudes para os outros – e de desvio de dinheiro dos outros para si. Por exemplo, com uma “rachadinha” para se apropriar de parte dos salários de funcionários “fantasmas” nomeados para seus gabinetes.

Publicado originalmente em:  https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Economia-Politica/Alavancagem-financeira-em-lugar-da-parcimonia/7/43091

As relações

Michelle Bolsonaro com Jair Bolsonaro

Mulher de Jair Bolsonaro. Foi assessora do então deputado federal

 

Jair Bolsonaro com Fabrício Queiroz

Amigos de longa data e a quem o presidente diz ter emprestado dinheiro (R$ 40 mil)

 

Jair Bolsonaro com Adriano da Nóbrega

Na Câmara, em 2005, o então deputado federal defendeu Adriano, um “brilhante oficial”

 

Fabrício Queiroz com Michelle Bolsonaro

Depositou cheque de R$ 24 mil na conta de Michelle, alegando pagamento de dívida

 

Fabrício Queiroz com Flávio Bolsonaro

Motorista e assessor de Flávio Bolsonaro de 2007 a 15.out.2018

 

Fabrício Queiroz com Adriano da Nóbrega

O assessor foi colega de batalhão de Adriano da Nóbrega e pediu que Flávio Bolsonaro homenageasse Adriano na Alerj

 

Nathalia com Jair Bolsonaro

Trabalhou para o então deputado em Brasília, apesar de estar constantemente no RJ como personal trainer

 

Nathalia com Flávio Bolsonaro

Assessorou o então deputado estadual na Alerj

 

Evelyn com Flávio Bolsonaro

Substituiu Nathalia como assessora do deputado na Alerj

 

Marcia com Flávio Bolsonaro

Foi assessora de Flávio Bolsonaro, junto com Evelyn

 

Jair Bolsonaro com milícia

Em 2008, criticou a CPI das Milícias, da Alerj, e disse que policiais estavam sendo confundidos com milicianos por organizar a segurança

 

Flávio Bolsonaro com milícia

Na CPI de 2008, na Alerj, o deputado minimizou a gravidade das milícias e disse que “não raro é constatada” a felicidade em áreas dominadas por milicianos

 

Milícia com Marielle Franco

Há suspeita de que a vereadora e o motorista Anderson Gomes foram mortos pela milícia que atua na zona oeste do Rio

 

Adriano da Nóbrega com Marielle Franco

Seis testemunhas citam Adriano no caso da morte de Marielle, de acordo com The Intercept Brasil

 

Adriano da Nóbrega e milícia

Foragido da polícia, o ex-policial é acusado de liderar o Escritório do Crime, milícia suspeita de ligação com as mortes de Marielle e Anderson Gomes

 

Fabrício Queiroz com Raimunda

A mãe de Adriano da Nóbrega é, segundo o Coaf, uma das pessoas que depositavam dinheiro na conta de Queiroz (R$ 4.600)

 

Fabrício Queiroz com Danielle

O assessor indicou a mulher de Adriano para o gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj

 

Flávio Bolsonaro com Raimunda

De 29.jun.2016 a 13.nov.2018, o então deputado estadual teve Raimunda como assessora de gabinete na Alerj

 

Flávio Bolsonaro com Danielle

A mulher do ex-PM também trabalhou no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj, onde ela trabalhou de 2007 a 13.nov.2018

 

Flávio Bolsonaro com Adriano da Nóbrega

Homenageou o ex-PM em out.2013 e em jun.2015 (Adriano estava preso na data), dando a ele a Medalha Tiradentes, a mais alta honraria da Alerj

 

Jair Bolsonaro com Flávio Bolsonaro

Pai chama o filho de 01

 

Ministério Público do RJ com Flávio Bolsonaro

Investiga a movimentação financeira atípica de funcionários do gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj, com base no Coaf

 

Ministério Público do RJ com Fabrício Queiroz

Investiga movimentações atípicas na conta do então assessor apontadas pelo Coaf e pode ajuizar ação penal

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Entre a Benção e a Maldição do Petróleo

Lívia Ferrari (Valor, 28/01/19) informa: especialistas do setor de petróleo são unânimes em prever cenário de “grande volatilidade” nos preços do produto neste ano. Eles evitam fazer estimativas sobre valor médio do óleo em 2019, e preferem trabalhar com projeções de intervalos de variações entre US$ 50 e US$ 70 o barril. Os preços caíram muito rapidamente no fim do ano passado e estão subindo neste início de ano; aumentaram 20% em janeiro, atingindo cerca de U$ 50 o barril.

Por trás de tanta incerteza está o planeta conturbado. São muitas as zonas de conflito que contribuem para a instabilidade dos preços. Há tensão comercial entre Estados Unidos e China, sanções econômicas ao Irã, a crise migratória na Europa, a insegurança da Grã-Bretanha com o Brexit, a pressão sobre a Venezuela.

Somam-se a isso projeções de menores taxas de crescimento dos grandes players da economia mundial, o que deprime a demanda de petróleo e não permite vislumbrar altas significativas nos preços do produto. Previsões do Banco Mundial (Bird) apontam para crescimento global de 2,9% em 2019 – abaixo das projeções anteriores – e para 2,8% em 2020-21. Também o Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu para baixo suas previsões de expansão da economia mundial.

Do lado da oferta, o quadro é igualmente nebuloso. Há dúvidas sobre o comportamento da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Se ela e países aliados, liderados pela Rússia, terão capacidade para cumprir o acordo de redução de produção, firmado no fim do ano passado. Ainda assim, e apesar da gangorra do mercado, serão possíveis preços mais altos, ao longo do ano, em média, que o atual patamar.

A trajetória dos preços internacionais do petróleo pode ser dividida em quatro principais “macro fases”.

As décadas de 1950 e 1960, marcadas pela disputa pelo controle do Canal de Suez, principal escoadouro de petróleo dos países árabes para a Europa; e pela da Guerra Fria, entre Estados Unidos e antiga União Soviética.

Depois, os choques do petróleo, em 1973 e 1979, quando as cotações pulam de patamares, atingindo até US$ 106 (a preços de 2017).

O terceiro ciclo vai de 1979 a 1999, período de grandes desajustes de preços, que levam a novo choque do petróleo, em 2008. Anos depois, em 2011, o preço chega ao pico de US$ 121, refletindo incertezas diante do conflito da Primavera Árabe, onda de revoltas e revoluções populares contra governos do mundo árabe.

Posteriormente, as cotações cederam para US$ 54, em 2015, 2017. Agora, entramos na era da busca por energias limpas. Nessa quarta fase, ainda vemos preços elevados do petróleo, acima de patamares históricos.

Marcus Lopes (Valor, 28/01/19) informa: durante anos, municípios brasileiros localizados em áreas produtoras de petróleo viveram períodos de bonança graças aos royalties recebidos pela exploração do chamado “ouro negro”. No entanto, eles também se tornaram dependentes dessa receita, que, de forma geral, não impulsionou o desenvolvimento.

Cidades como Campos de Goytacazes, no Estado do Rio, conseguiram dobrar o orçamento municipal em alguns exercícios anuais apenas com dinheiro dos royalties – remuneração paga pelas empresas que produzem petróleo e gás natural para compensar a exploração de recursos não renováveis e possíveis danos ambientais no município.

O valor dos royalties é calculado de acordo com a produção e o preço do petróleo. Os recursos são distribuídos segundo regras do governo federal, mas podem ser aplicados de acordo com as prioridades da administração municipal.

Após a queda dos preços do barril de petróleo no mercado internacional, a partir de 2015, os recursos minguaram e muitos municípios entraram em crise.

Os royalties foram uma benção, mas também uma maldição. Ao mesmo tempo em que aumentaram a arrecadação, os recursos não foram transformados em riqueza para o município. Ele continua dependendo muito fortemente de uma fonte não renovável. Entre 1999 e 2018, o município recebeu R$ 7,4 bilhões em royalties. O caso de Campos não é isolado, segundo especialistas.

Os maiores produtores de petróleo perderam posição no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em relação aos municípios não produtores. É um forte indício de que os royalties não estão sendo aplicados para gerar qualidade de vida para a população ao longo dos anos. Este é o impacto dos royalties do petróleo em municípios da região Sudeste.

A arrecadação de tributos nessas cidades é prejudicada não só pela pequena diversificação da economia, mas também pela falta de empenho das prefeituras em cobrar impostos da população. A receita tributária nesses municípios caiu 2%, em média, nos últimos anos. O governante deixa de cobrar IPTU e ISS porque conta sempre com o dinheiro dos royalties, o que é um absurdo.

A palavra-chave é planejamento. Os municípios devem diversificar sua economia e se preparar para o futuro, já que o recurso do petróleo é finito e estará sempre atrelado à produção e ao preço.

Em Cubatão (SP), o valor arrecadado pelos royalties foi de R$ 98,5 milhões em 2018, ou cerca de 10% do orçamento municipal. Os recursos, segundo a prefeitura, foram investidos em setores como educação, saúde e meio ambiente.

É preciso consciência e responsabilidade no uso das receitas dos royalties, para que as administrações não sofram a chamada maldição dos recursos naturais.

Em Campos dos Goytacazes, a prefeitura desenvolve programas para incentivar o empreendedorismo, a agricultura familiar e as startups ligadas à inovação. Um dos projetos é o Centro Municipal de Inovação, que pretende unir universidades locais, empresas e o poder público para incentivar novas práticas econômicas. É uma revolução silenciosa e lenta.

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Avaliação: Jeep Compass Limited Diesel e suas muitas surpresas

O Jeep Compass realmente caiu no gosto dos brasileiros.

Adjetivos como “sucesso” e “fenômeno” constantemente são usados para definir seu papel entre os SUVs, o segmento da moda no país.

Avaliação: Jeep Compass Limited Diesel e suas muitas surpresas

O modelo é líder absoluto no mundo dos utilitários. Em 2018, o Jeep Compass acumulou 60.284 unidades vendidas, mais de 11.300 unidades acima do segundo colocado, o Hyundai Creta.

Além disso, impressiona o fato de que o best-seller da marca superou facilmente modelos mais baratos, o que inclui o próprio Jeep Renegade. No fim das contas, o Compass ficou entre os 10 carros mais vendidos do Brasil em 2018, ano em que chegou a ser o 6º mais vendido em dois meses seguidos (maio e junho).

Tudo isso mostra claramente a preferência momentânea de quem quer entrar no segmento dos SUVs. Para entender em detalhes os motivos por trás disso, o Notícias Automotivas ficou durante várias semanas com um Jeep Compass Limited 2.0 Diesel AT9 4×4, cedido pela própria marca.

Essa avaliação com o modelo mais equipado da gama nos ajudou a ver tudo o que o Jeep Compass tem para oferecer. No final, tivemos algumas surpresas, algumas boas e outras totalmente inesperadas.

Um carro cheio de problemas, uma avaliação que demorou para começar

Avaliação: Jeep Compass Limited Diesel e suas muitas surpresas

A expectativa inicial era avaliar o Jeep Compass nas primeiras semanas de dezembro, mas não foi bem isso o que aconteceu. Após retirarmos o veículo em uma concessionária de São Paulo (SP), notamos um barulho diferente nas rodas dianteiras. Além disso, o volante estava torto e puxando para o lado.

Como havíamos retirado o carro poucos minutos antes da concessionária fechar, não dava tempo de retornar e verificar qual era o problema. Por isso, a única alternativa era seguir viagem com cautela redobrada.

Avaliação: Jeep Compass Limited Diesel e suas muitas surpresas

Não houve nenhum problema mais sério no caminho, mas logo cedo no dia seguinte entramos em contato com o departamento da FCA que nos cedeu o carro. A orientação foi levá-lo para a concessionária Jeep mais próxima e verificar o que estava acontecendo.

Feito isso, veio o laudo dos mecânicos da marca, que indicava a necessidade de trocar dois pneus (que estavam com pequenas bolhas) e o rolamento dianteiro esquerdo, além de fazer alinhamento e balanceamento.

Mas aí veio a pior notícia: a concessionária não tinha o rolamento e os pneus, sendo necessário encomendar esses itens.

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Como não seria seguro rodar nessas condições, tivemos que deixar o carro parado na concessionária por 17 dias. Após esse longo período, conseguimos retirar o Jeep Compass apenas com o rolamento substituído, pois os pneus ainda não haviam chegado. Mas as surpresas ainda não haviam acabado.

Pouco depois, outro pneu (que a princípio não precisava ser trocado) apresentou um vazamento. De início, o painel de instrumentos indicava pressão baixa, o que se repetia mesmo após ser calibrado várias vezes.

Voltamos à concessionária e foi constatado um rasgo no pneu (que havia aumentado nos dias anteriores, por isso não foi percebido anteriormente). A FCA solicitou, então, que os 4 pneus fossem trocados, juntamente com todos os sensores de pressão.

Avaliação: Jeep Compass Limited Diesel e suas muitas surpresas

Essa história cheia de surpresas nos fez pensar sobre o uso adequado que um SUV deve ter. Mesmo sendo movido a diesel, e tendo tração 4×4, todos esses problemas foram ocasionados por uso severo, provavelmente em testes inadequados fora de estrada. Pelo menos esse foi o parecer técnico que recebemos na concessionária da marca.

Ou seja, será que vale a pena colocar o Jeep Compass em situações extremas, mesmo nas versões 4×4? É verdade que não sabemos o que aconteceu com esse carro antes de chegar às nossas mãos, mas essa parece ser a realidade com a maioria dos utilitários de tração integral vendidos por aqui: eles não são feitos para “aventuras” muito radiciais.

Apesar de tudo isso, recebemos um atendimento muito bom em todo o processo. O departamento da FCA que cedeu o carro reconheceu que ele deveria ter sido verificado antes de ser cedido para teste, e o gerente de pós-vendas da concessionária fez de tudo e mais um pouco para que os vários problemas fossem resolvidos.

Agora sim, depois de várias semanas, poderíamos começar os testes.

Finalmente, começamos a avaliação

Avaliação: Jeep Compass Limited Diesel e suas muitas surpresas

Todo esse atraso não nos impediu de fazer a avaliação que havíamos planejado. A FCA prorrogou o período que ficaríamos com o carro, e isso nos deu a oportunidade de fazer várias viagens com o Jeep Compass, rodando um total de quase 3.000 km.

A versão cedida para essa avaliação, como já dito, foi a Limited 2.0 Diesel AT9 4×4, uma das mais caras da gama. O único opcional que o modelo não tinha era o teto solar panorâmico, que adiciona R$ 8.300 ao preço final.

Mesmo assim, era um modelo bem caro. Seu preço inicial atualmente é de R$ 176.990 (já com o aumento anunciado nesse mês), mas a versão avaliada ainda tinha o pacote opcional “Pack High Tech” (R$ 8.700), que adiciona piloto automático adaptativo, aviso de mudança de faixas, sistema de farol alto com comutação automática, aviso de colisão frontal, tomada auxiliar de 127 V, abertura eletrônica do porta-malas, banco do motorista elétrico (com 8 posições) e sistema de som Premium Beats de 506 W (8 alto-falantes + subwoofer).

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Ou seja, o preço final da versão avaliada é de R$ 185.690, o que nos faz pensar até onde as montadoras vão chegar com seus preços absurdos aqui no Brasil.

Mas esquecendo um pouco os valores (se é que isso é possível), esse é um pacote de opcionais que realmente vale a pena. Com quase o mesmo valor do teto solar panorâmico, você levar vários itens interessantes, que vamos falar mais a fundo nessa avaliação.

Dirigir o Jeep Compass era agradável, tanto nos trajetos urbanos quanto nas estradas. O modelo é mais estável do que parece, e seu motor 2.0 turbodiesel de 170 cv dá conta do recado tranquilamente.

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Além disso, o visual do utilitário (especialmente nessa versão) agrada à maioria das pessoas. A combinação de cores, com o teto e as colunas em preto, aliada às rodas de 19 polegadas dão ao Jeep Compass um visual invocado.

O insulfilm colocado nessa unidade, o que não é comum em carros cedidos para avaliação, melhorava ainda mais o visual, mas atrapalhou um pouco ao dirigir (especialmente em relação ao para-brisa).

Por dentro, existem aspectos positivos e negativos. O acabamento é bom, com materiais de qualidade e bom encaixe. Muitos questionam o fato de vários componentes serem compartilhados com a Fiat, o que tornaria o interior mais simples. Mas, na prática, isso não é percebido quando você entra no Jeep Compass.

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Além disso, os vários comandos estão sempre ao alcance das mãos. Uma solução inteligente (que também aparece em modelos da Fiat) foi colocar os botões para controle do áudio atrás do volante, já que na frente não haveria espaço.

A central multimídia de 8,4 polegadas agrega todas as funções necessárias, incluindo o controle do ar-condicionado. Aliás, tudo pode ser alterado por comandos de voz, função acionada através de um botão no lado esquerdo do volante. No painel de instrumentos, o computador de bordo em TFT de 7 polegadas também apresentava todas as funções necessárias, incluindo a pressão dos pneus.

Por outro lado, notamos que o interior poderia ser mais confortável e ergonômico. Falando sobre a posição do motorista, por exemplo, o apoio de braço na porta é muito alto e incomodava nas viagens mais longas. Os bancos em si também poderiam ser mais largos, o que acomodaria melhor o corpo.

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No caso do passageiro havia ainda outro ponto negativo, pois o banco não tem regulagens elétricas. Isso parece estranho, pois é de se esperar que um carro de quase R$ 200.000 tenha regulagens elétricas nos dois bancos dianteiros, não apenas para o motorista.

Quem viajou no banco de trás (fizemos algumas viagens com o carro cheio) também achou o Jeep Compass apenas razoável em conforto. É claro que a maioria dos carros só acomoda 4 adultos e 1 criança, mas o desconforto citado era em relação ao banco em si, não apenas ao espaço lateral.

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Os ocupantes traseiros contam com tomada de 127 V e uma saída do ar-condicionado, mas ela parecia ineficiente quando havia cinco pessoas no carro. No final, apenas as pernas do quinto passageiro que ficavam geladas.

Apesar disso, o espaço para as pernas é bom, graças aos 2,64 m de entre-eixos. No caso do porta-malas, que conta com a facilidade de abertura e fechamento elétricos (através de botão na chave, no interior do veículo ou dentro do próprio porta-malas), a capacidade é de 410 litros, o que não é ruim.

Tecnologia é um dos principais atributos

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Tanto nas viagens como no uso urbano, a tecnologia presente nessa versão do Jeep Compass tornava tudo mais agradável e interessante, o que facilitava bastante a vida do motorista. Esse é, inclusive, um dos pontos destacados pela marca, que faz questão de mencionar que o utilitário é o primeiro carro semi-autônomo fabricado no Brasil.

Na estrada, por exemplo, vimos a eficiência do piloto automático adaptativo. Você seleciona a velocidade desejada e também a distância que o veículo deve permanecer dos carros à frente (são 4 níveis diferentes).

Se um veículo entrar na mesma faixa, o Jeep Compass diminui a velocidade. Assim que o veículo dá passagem, ele retoma a velocidade programada, tudo isso automaticamente.

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Mesmo sendo um sistema já conhecido por aqui, percebemos que o SUV é mais esperto para perceber que a pista está livre e retomar a velocidade programada. Após algumas centenas de km rodados, é incrível como esse sistema faz a viagem ser mais tranquila e menos cansativa.

Aliado a esse sistema, o Jeep Compass conta com o Sistema de Monitoramento de Mudança de Faixa para tornar a viagem mais segura. Usando uma câmera frontal, o utilitário detecta as faixas da pista e aplica um leve força contrária no volante caso o veículo comece a sair da pista.

Apesar de ser um sistema moderno e que aumenta a segurança dos passageiros, na prática ele torna a viagem mais cansativa, pois você sente o tempo todo que o volante está sendo levemente movimentado para um lado ou para outro.

Por isso, em nossas viagens optamos por deixar esse sistema desligado.

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Outro sistema interessante, focado na segurança, é o Sistema de Aviso de Colisão Frontal de Emergência. Com a ajuda de um radar e uma câmera, o sistema detecta a aproximação de qualquer objeto, não apenas outros veículos, e avisa o motorista através de alertas visuais e sonoros. Os freios também podem ser acionados de forma autônoma para evitar ou amenizar a colisão.

Mas o sistema que todos perguntavam ao andar no Jeep Compass era o Park Assist. Apesar de ser um item cada vez mais comum nos veículos vendidos por aqui, é incrível a quantidade de pessoas que nunca viu o sistema em funcionamento.

Além de matar a curiosidade de nossos passageiros, também testamos o quanto esse sistema era eficiente. Ele está disponível para vagas perpendiculares ou paralelas, e ainda ajuda o motorista a sair de uma vaga (apenas no caso das paralelas).

Nosso teste visava saber qual a menor vaga que o Jeep Compass consegue entrar sozinho. Utilizando outros dois veículos, fomos diminuindo o espaço até o sistema não conseguir detectá-lo.

No final, o Park Assist conseguiu atuar em vagas com no mínimo 5,30 m de comprimento, tanto para entrar quanto para sair (o SUV tem 4,41 m de comprimento).

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E a lista de itens de tecnologia não para por aí. Nessa versão, e com esse pacote de opcionais, o Jeep Compass ainda conta com farol alto automático, monitoramento de ponto cego, partida remota (muito útil em dias quentes, pois liga o ar-condicionado) e sensores crepuscular e de chuva.

Além disso, o modelo ainda conta com ar-condicionado dual zone, central multimídia com tela de 8,4 polegadas e Android Auto (com Waze) e Car Play, freio de estacionamento eletrônico, faróis e lanternas em LED, direção elétrica, câmera de ré, bancos em couro, entre outros.

Motor diesel anda bem, mas é econômico?

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É verdade que o motor 2.0 turbodiesel de 170 cv parece casar melhor com o Renegade, que é mais leve. Mas ele não deixa a desejar quando colocado no irmão maior. Em acelerações mais fortes ou retomadas, o Jeep Compass anda bem, mesmo totalmente carregado.

Pelos problemas citados no início da matéria, nos limitados a fazer esses testes apenas em áreas urbanas e nas estradas. Mas a impressão que fica é que o SUV também se sai bem em situações fora de estrada.

Mas o que dizer de seu consumo de combustível? A verdade é que a economia maior aparece na estrada. Em viagens por estradas mais tranquilas, onde não era necessário fazer muitas ultrapassagens, o Jeep Compass conseguiu médias entre 13 km/l e 14 km/l.

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Mesmo em estradas de pista simples ou mais sinuosas, a média não caiu muito. Em uma de nossas viagens fomos até a turística Monte Verde (MG), cujo acesso é por uma estrada desse tipo. Mesmo com cinco ocupantes e ar-condicionado sendo usado o tempo todo, a média foi de 12,1 km/l.

O problema maior aparecia nos trechos urbanos. O anda e para de uma cidade derruba as médias do Jeep Compass, uma situação que pode ser ainda pior nas grandes capitais.

O melhor consumo que conseguimos foi de 9 km/l, mas a média ficou entre 7,5 km/l e 8 km/l. Lembrando que sempre abastecíamos com o diesel S-10, como indicado para esse motor.

Conclusão

O período que ficamos com o Jeep Compass nos ajudou a entender algumas de suas qualidades. O porte do SUV agrada ao dirigir e ainda chama atenção nas ruas, mesmo sendo um modelo que vende tanto no Brasil.

Os itens de segurança e tecnologia também são outro ponto forte, mas isso se limita às versões mais caras. Aquelas que representam mais dentro do mix de vendas do modelo talvez tenham uma dificuldade maior para justificar seu preço diante da concorrência.

Existe ainda outro ponto que ficou muito claro nesse teste, diferente do que vemos nas ruas: o Jeep Compass é uma opção muito melhor nas versões a diesel.

Essas versões do SUV tem um motor mais moderno (esqueça aqueles motores barulhentos, pois esse diesel é bem silencioso), câmbio automático de 9 marchas (contra 6 velocidades das versões flex) e um torque de 35,7 kgfm logo a 1.750 rpm.

Mesmo assim, as versões flex ainda vendem mais. E o motivo é bem simples: o preço.

Na versão Longitude, a diferença entre as versões flex e diesel é de R$ 29.000, enquanto na Limited ela sobe para R$ 30.000. Mesmo com tantos pontos positivos, não é fácil encarar essa diferença e optar pelas versões 4×4.

De qualquer maneira, o Jeep Compass continua nadando de braçadas no mercado brasileiro, e isso parece que não vai mudar tão cedo.

Jeep Compass – Fotos

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