O Porsche 918 Spyder é um superesportivo híbrido construído para ser um carro de imagem com produção limitada e para muito poucos afortunados.
Não mais em produção, ele foi destinado a entrar para o grupo de super carros da Porsche que aparecem após certos períodos.
O último carro esporte da Porsche com essa proposta foi o Porsche Carrera GT, feito entre 2004 e 2007, também de forma limitada.
No caso do Porsche 918 Spyder, a produção proposta era de 2.000 unidades, mas apenas 918 exemplares saíram da fábrica em Zuffenhausen, Alemanha.
Assim como o Carrera GT, o Porsche 918 Spyder também tinha motor central, mas agora aproveitando-se de outra energia.
O superesportivo alemão era um híbrido plug-in e valeu-se da combinação de motores elétricos e baterias de lítio para ter um excelente desempenho e economia surpreendente.
Criado também para bater recorde, o fez no circuito alemão de Nürburgring-Nordschleife.
Também foi um dos carros mais caros da Porsche, sendo vendido a US$ 845.000 inicialmente.
No Brasil, três exemplares foram encomendados junto à Stuttgart, que na época era a importadora da Porsche.
Cada exemplar custou entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões.
Um deles chegou a ser visto rodando na cidade de São Paulo, chamando bastante atenção do público.
Porsche 918 Spyder
Lançado no Salão de Frankfurt de 2013, o Porsche 918 Spyder chegou chamando atenção não só pelo preço elevado e performance.
O novo carro da Porsche era um híbrido plug-in e tinha características bem interessantes para um público seleto.
O visual do novo carro, um targa, era empolgante, assim como a pintura de divulgação, personalizada, além dos detalhes.
Considerado um roadster, por ter o teto removível, o Porsche 918 Spyder ainda teve um irmão conceitual.
Este era o Porsche 918 RSR, que surgira alguns anos antes para apresentar uma proposta de competição.
Fiel ao estilo Porsche de carros de rua, o bólido era mesmo um carro de corrida feito para as ruas.
Baixo e largo, tinha frente curta com faróis quadrados full LED e quadro LEDs diurnos, que hoje compõe o estilo da marca.
O para-choque tinha um grande spoiler central e entradas de ar laterais para os freios e refrigeração auxiliar.
O Porsche 918 Spyder tinha capô rebaixado e para-lamas com saias bem elevadas.
Estas abrigavam rodas esportivas de alumínio forjado com múltiplos raios e aro 20 polegadas na frente e 21 polegadas atrás.
O super carro alemão tinha pneus 265/35 R20 na frente e 325/30 R21 atrás.
As portas estavam em um baixo relevo numa comparação com a extremidade da carroceria.
Um corte abrupto na lateral revelada a entrada de ar (uma de cada lado) para refrigeração do motor.
Na traseira, duas protuberâncias quadradas envolviam os apoios de cabeça, tendo um tela entre elas.
Logo atrás delas, surgiam dois tubos de escape, que lançavam a fumaça sobre o carro.
Toda a tampa do motor era feito em fibra de carbono e era bem estilizada, terminado num aerofólio.
Esse defletor de ar era móvel e ficava bem elevado em altas velocidades, garantindo o equilíbrio do carro.
O Porsche 918 Spyder tinha lanternas de LED envolventes e traseira bem pronunciada, equipada com difusor de ar.
Dentro, o painel era baixo e recortado parcialmente e tinha um console suspenso que terminava entre os bancos.
Os três mostradores analógicos do cluster saltavam sobre esse conjunto, que ainda tinha um pequeno display.
No console exageradamente longo e alto, havia outra tela digital e diversos comandos em touchscreen.
O Porsche 918 Spyder tinha porta-copos retrátil no lado do passageiro – assim como em outros modelos da marca – e acabamento em alumínio no vão livre.
O volante de três raios é o mesmo dos modelos atuais da marca, tendo ainda o seletor de modos de condução com o Sport Response.
Este dispositivo acrescenta alguns segundos de potência extra para ampliar a performance.
O volante em couro tinha ainda marcador 00:00 em amarelo e modos de marcha, tendo paddle shifts também.
Os bancos eram bem envolventes e tinham apoios de cabeça integrados, sobre elementos vazados em fibra de carbono.
Estes assentos eram em couro e praticamente não tinha ajustes de encosto, dada a limitação do habitáculo.
Construído em um monocoque de plástico com fibra de carbono, o Porsche 918 Spyder era realmente um super carro.
Porsche 918 Spyder – conjunto híbrido plug-in
Para mover essa obra de engenharia automotiva alemã, o conjunto híbrido era o destaque do Porsche 918 Spyder.
Tudo era centrado no novo motor V8 4.6 aspirado, que tinha injeção direta de combustível e 4.593 cm3.
Com 13:1 de taxa de compressão, o bólido germânico tinha 608 cavalos a 8.700 rpm e 55 kgfm a 6.500 rpm.
Mas não era somente isso. O super carro dispunha ainda de dois motores elétricos, um em cada eixo.
Nesse caso, o Porsche 918 Spyder tinha 129 cavalos na dianteiro e 156 cavalos no traseiro.
Tudo isso gerava de forma combinada 887 cavalos e impressionantes 130 kgfm!
Ainda equipado com caixa automatizada de dupla embreagem PDK com sete marchas.
Com tração nas quatro rodas, o Porsche 918 Spyder tinha embreagem elétrica para desacoplamento do motor frontal.
O carro ia de 0 a 100 km/h em somente 2,6 segundos, precisando de 7,2 segundos para atingir 200 km/h e 19,9 segundos até os 300 km/h.
A velocidade máxima era de 345 km/h.
Tudo isso pesando 1.675 kg e com 4,645 m de comprimento, 1,940 m de largura, 1,167 m de altura e 2,730 m de entre eixos.
Com apenas 100 litros no porta-malas dianteiro, ele tinha 70 litros no tanque, mas o tamanho não era problema.
Junto com os motores elétricos, o Porsche 918 Spyder tinha bateria de lítio com 312 células e 6,8 kWh.
Isso permitia rodar 32 km sem emissão de CO2.
O consumo chegava a 33,3 km/l de gasolina e 79 g/km de CO2 saíam das tubeiras localizadas sobre a traseira.
De forma combinada, o consumo chegava a 28,5 km/l, mas na estrada, ele podia fazer 19,9 km/l.
Isso garantia uma autonomia teórica surpreendente de quase 1.400 km.
Um plugue interno permite a recarga lenta em 7 horas na voltagem 110. Com 220V e uma estação doméstica, o tempo caía para 2,5 horas.
Para um carregamento rápido, a bateria era reposta em 25 minutos.
O Porsche 918 Spyder tinha cinco modos de condução, sendo que o E-Power – que utiliza energia elétrica apenas – conferia aceleração de 0 a 100 km/h em 7 segundos com final limitada em 150 km/h.
Além disso, o superesportivo tinha ainda dois modos de condução exclusivamente híbridos, sendo o Sport Hybrid com uso contínuo dos motores elétricos.
Nesse caso, o Porsche 918 Spyder usa seu motor V8 4.6 apenas para recarga da bateria e aceleração. Já no Race Hybrid, o propulsor fica ligado o tempo inteiro, junto com os motores elétricos.
A programação do câmbio de dupla embreagem PDK também é alterada, indo para o modo Sport.
Fora isso, o Porsche 918 Spyder tinha também o modo Hot Lap, desenvolvido para que o carro possa dar voltas bem mais rápidas, usando toda a força dos motores elétricos, bateria e do V8 4.6.
Com suspensão adaptativa, o bólido oferecia três modos de atuação do conjunto, sendo que o modo E era a opção para minimizar o arrasto e melhorar o consumo de combustível.
O Porsche 918 Spyder tinha ainda o modo Sport com ajuste mais firme para uma condução esportiva nas ruas e estradas.
No caso do modo Race, o esportivo tem sua suspensão muito mais dura e com reações rápidas para uma condução de alta performance e mais voltada para track day.
Os freios tinham discos de carbono-cerâmica com pinças enormes de seis pistões.
A suspensão era composta por braços duplos de alumínio na frente e multibraços atrás, igualmente de alumínio.
Além de amortecedores adaptativos, o Porsche 918 Spyder tinha ainda molas helicoidais.
O coeficiente aerodinâmico era de apenas 0,36.
Entre os itens oferecidos, havia uma versão personalizada da multimídia PCM, assim como sistema de som premium Burnmeister.
Faróis inteligentes e controle de cruzeiro adaptativo, o Porsche 918 Spyder tinha o pacote Weissach.
Nesse caso, o bólido alemão ganhava apêndices aerodinâmicos adicionais, cores exclusivas e faixas decorativas.
Além disso, o 918 Spyder Weissach também oferecia rodas de magnésio forçado de aro 22 polegadas que reduziam o peso do carro em 35 kg.
Outro diferencial desse pacote eram os cintos de segurança de seis pontos, uma exclusividade dentro da gama Porsche.
Porsche 918 RSR
Antes de chegar ao mercado, o Porsche 918 Spyder foi visto no Salão de Detroit 2011.
No entanto, não era o carro que viria a ser vendido mundialmente, mas uma proposta focada nas pistas.
O Porsche 918 RSR era uma variante cupê do roadster final.
Destinado a ser a versão de competição do Spyder, o RSR tinha obrigatoriamente teto fechado.
Com visual personalizado, tendo tom de azul bem claro com partes em laranja, o carro era atraente.
Tinha rodas esportivas de competição com acabamento preto e friso diamantado.
Além disso, empregava pinças de freio na cor vermelha.
O Porsche 918 RSR tinha quatro saídas de escape, mas estas não eram na parte superior do carro, ficavam nas laterais.
A asa traseira era fixa e ajustável, dependendo das características da pista.
Além da propulsão híbrida usada no Porsche 918 Spyder, o RSR tinha ainda o sistema KERS de acúmulo de energia das frenagens regenerativas.
Este dispositivo era montado no lugar do banco do passageiro, sendo uma presença um tanto estranha dentro de um carro…
O Porsche 918 RSR tinha motor V8 4.6 derivado do protótipo de competição RS Spyder, tendo 563 cavalos a 10.300 rpm.
O motor elétrico tinha 200 cavalos cada e no total combinado chegava a um pico de 767 cavalos.
O câmbio era automatizado sequencial de seis marchas.
Apesar do Porsche 918 RSR, foi o Spyder que quebrou o recorde da pista externa de um circuito alemão.
Nesse caso, tratava-se do chamado “Inferno Verde”, o Nürburgring-Nordschleife.
O 918 precisou de 6 minutos e 57 segundos para percorrer os 20,6 km da pista germânica, que tinha um traçado pouco maior que o atual.
Ele foi o primeiro a quebrar a barreira dos 7 minutos como carro de produção seriada, tornando-se o mais rápido do mundo nessa pista famosa.
O Porsche 918 Spyder foi ainda 14 segundos mais rápido que o recordista anterior na pista alemã.
Porsche 918 Spyder – mercado
O Porsche 918 Spyder teve 918 unidades produzidas e vendidas.
O superesportivo foi feito de outubro de 2013 até junho de 2015, exclusivamente em Zuffenhausen, mas partes do carro eram feitas em Weissach.
Teve cerca de 105 carros vendidos no primeiro ano e o restante nos demais.
Quase 300 carros foram vendidos nos EUA, enquanto o Brasil teve apenas 3 exemplares adquiridos.
Na Alemanha, 100 exemplares foram vendidos, mesmo montante da China.
Na América do Sul, apenas o Brasil encomendou o super carro da Porsche.
O Porsche 918 Spyder também foi vendido na África do Sul.
Com tão poucas unidades feitas, o bólido é bem valorizado atualmente, sendo até investimentos para alguns.
Será um dos carros mais caros em leilões nas próximas décadas.
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