sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Mercado: previsão para 2022 é aumento médio de R$ 10 mil nos preços

Mercado: previsão para 2022 é aumento médio de R$ 10 mil nos preços

Que os preços dos carros estão aumentando, isso não é novidade. Porém, estimar o quanto eles custarão em média nos próximos quatro anos é de se preocupar. De acordo com consultoria IHS Markit, o valor médio dos carros nacionais subirá R$ 10 mil até 2022.

Hoje, o valor médio do carro no Brasil é de R$ 75 mil, mas daqui a quatro anos, será de R$ 85 mil, conforme a previsão da consultoria, durante o Workshop Planejamento Automotivo ABPLAN 2020, da revista Automotive Business.

Nos últimos cinco anos, o valor médio dos automóveis no país subiu expressivos 20%, num cálculo medido entre 2013 e 2018. Esse crescimento não foi estimado sobre os preços de mercado, mas sobre a inflação do período. Ou seja, na prática, ficaram ainda mais caros.

Mercado: previsão para 2022 é aumento médio de R$ 10 mil nos preços

Vários foram os fatores que impulsionaram os preços dos carros nesse período de cinco anos, entre eles aumento do conteúdo de equipamentos a bordo, crescimento da oferta de câmbio automático, fim de incentivos fiscais, itens de segurança adicionais por força da legislação, entre outros.

Outro ponto que fez os preços subirem foi o avanço dos utilitários esportivos, que em média são mais caros que os carros de passeio na faixa de entrada. Em 2013, os SUVs tinham apenas 10% do mercado, mas hoje possuem em torno de 25%. A IHS Markit disse ainda que a ociosidade maior, que foi de 54% nas fábricas, contribuiu para o aumento de preços.

Segundo a consultoria, para os fabricantes, o ideal em termos de taxa de ocupação das fábricas é de no mínimo 67%, pois, abaixo disso, as montadoras são obrigadas a repassar os custos extras para os clientes. Em 2019, a IHS Markit aponta para 60% da capacidade média das plantas em atividade normal.

Mercado: previsão para 2022 é aumento médio de R$ 10 mil nos preços

Tal como nos últimos 15 meses, os próximos dois anos – aponta o estudo – terão um crescimento no valor médio dos carros em conformidade com a inflação, mas isso deverá mudar a medida que as montadoras começarem a introduzir tecnologias que reduzem consumo e emissão, exigidos pelo Rota 2030.

A IHS Markit estima que os fabricantes de veículos deverão repassar esse custo ao consumidor. A relação de preço e salário também não deverá ajudar. Atualmente, o brasileiro precisa juntar 145 meses de salário mínimo para comprar um carro novo.

Na Argentina, o hermano precisa juntar 142 meses, mas no México, o comprador precisa de no mínimo 190 meses! Do outro lado da fronteira norte, no entanto, são necessários apenas 15 meses de salário mínimo, menos que no Japão (24), França (25) e Espanha (35).

[Fonte: Automotive Business]

Agradecimentos ao Gilcimar Rocha.

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