Que os preços dos carros estão aumentando, isso não é novidade. Porém, estimar o quanto eles custarão em média nos próximos quatro anos é de se preocupar. De acordo com consultoria IHS Markit, o valor médio dos carros nacionais subirá R$ 10 mil até 2022.
Hoje, o valor médio do carro no Brasil é de R$ 75 mil, mas daqui a quatro anos, será de R$ 85 mil, conforme a previsão da consultoria, durante o Workshop Planejamento Automotivo ABPLAN 2020, da revista Automotive Business.
Nos últimos cinco anos, o valor médio dos automóveis no país subiu expressivos 20%, num cálculo medido entre 2013 e 2018. Esse crescimento não foi estimado sobre os preços de mercado, mas sobre a inflação do período. Ou seja, na prática, ficaram ainda mais caros.
Vários foram os fatores que impulsionaram os preços dos carros nesse período de cinco anos, entre eles aumento do conteúdo de equipamentos a bordo, crescimento da oferta de câmbio automático, fim de incentivos fiscais, itens de segurança adicionais por força da legislação, entre outros.
Outro ponto que fez os preços subirem foi o avanço dos utilitários esportivos, que em média são mais caros que os carros de passeio na faixa de entrada. Em 2013, os SUVs tinham apenas 10% do mercado, mas hoje possuem em torno de 25%. A IHS Markit disse ainda que a ociosidade maior, que foi de 54% nas fábricas, contribuiu para o aumento de preços.
Segundo a consultoria, para os fabricantes, o ideal em termos de taxa de ocupação das fábricas é de no mínimo 67%, pois, abaixo disso, as montadoras são obrigadas a repassar os custos extras para os clientes. Em 2019, a IHS Markit aponta para 60% da capacidade média das plantas em atividade normal.
Tal como nos últimos 15 meses, os próximos dois anos – aponta o estudo – terão um crescimento no valor médio dos carros em conformidade com a inflação, mas isso deverá mudar a medida que as montadoras começarem a introduzir tecnologias que reduzem consumo e emissão, exigidos pelo Rota 2030.
A IHS Markit estima que os fabricantes de veículos deverão repassar esse custo ao consumidor. A relação de preço e salário também não deverá ajudar. Atualmente, o brasileiro precisa juntar 145 meses de salário mínimo para comprar um carro novo.
Na Argentina, o hermano precisa juntar 142 meses, mas no México, o comprador precisa de no mínimo 190 meses! Do outro lado da fronteira norte, no entanto, são necessários apenas 15 meses de salário mínimo, menos que no Japão (24), França (25) e Espanha (35).
[Fonte: Automotive Business]
Agradecimentos ao Gilcimar Rocha.
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