O Ford Taurus é um sedã grande de origem norte-americana e que já foi vendido no Brasil nos anos 90.
Famoso nos EUA, fora e dentro das telas de TV, o modelo foi um dos mais populares da Ford e durou seis gerações nos EUA.
Com os recentes cortes de sedãs, hatches, minivans e outras categorias que a Ford julgou pouco rentáveis, ele saiu de cena.
Entretanto, enquanto morria nos states, o Ford Taurus ganhou nova vida na China, onde os sedãs vivem em paz com o mercado.
O modelo foi uma das soluções americanas para reduzir a pressão dos carros japoneses, que no fim dos anos 80, estavam dominado as vendas.
Depois do fim dos carros com plataforma Panther, o Ford Taurus se tornou o maior da marca americana dentro de casa.
Isso só acontecia nos EUA, pois o irmão maior Ford Falcon ainda era feito na Austrália.
O sedã teve diversas versões de motor e inclusive teve uma variante perua.
Primeiro carro da Ford a ostentar uma cultura de qualidade, um programa iniciado em meados dos anos 80 e que visava melhorar os produtos do fabricante.
Ford Taurus
O Ford Taurus é um sedã de porte médio grande nos EUA e na China, desempenhando no primeiro, a alternativa da marca para vencer os japoneses.
Lançado em 1985, o Ford Taurus valeu-se da tecnologia para se impor como um dos carros mais populares dos EUA, partindo de uma opção intermediária para o topo da gama.
Nos EUA, ele ainda é vendido, mas apenas com estoques, pois sua produção foi encerrada devido aos cortes promovidos pela Ford.
O Taurus sempre foi um carro que vendeu bem, mas nos últimos anos, o crescente aumento das vendas de SUVs geraram queda nos demais segmentos, exceto as picapes.
Após seis gerações, o Ford Taurus tem um preço relativamente competitivo, custando a partir de US$ 27.800.
O sedã é oferecido nas versões SE, SEL e Limited, ambas com motor V6 3.5 Ti-VCT com 292 cavalos e transmissão automática de seis marchas.
Na versão SHO, o motor é o V6 3.5 EcoBoost de 370 cavalos e 48,2 kgfm, também com caixa de seis marchas automática e tração nas quatro rodas.
China
Na China, a geração mais recente do Ford Taurus tem uma carroceria mais fluida e próxima em estilo ao Fusion, que lá é chamado Mondeo.
O modelo chinês tem preços a partir de 234.800 yuans, equivalente a US$ 33.269 numa conversão direta.
Ele é equipado com motores EcoBoost, tendo um 1.5 de 180 cavalos, bem como um 2.0 com 245 cavalos e, por fim, um V6 2.7 de 325 cavalos.
Equipado com transmissão automática de oito marchas e opção de tração AWD, é o maior carro da Ford China.
É vendido nas versões Style, Excellence e Limited.
Ford Taurus – primeira geração “Revolução”
Nos anos 80, a Ford iniciou um processo de migração para a tração dianteira, influenciada especialmente pelo crescente aumento nas vendas de marcas japonesas.
Com o foco em conforto, economia e qualidade, a Ford buscou reunir elementos positivos de outros produtos para formar um novo carro, montado sobre uma plataforma com motor transversal.
O projeto do Ford Taurus começou em 1980 e em grande parte foi pautado pelas clínicas com clientes da marca.
Além disso, a apostou na aerodinâmica para criar um carro eficiente em consumo.
Assim, em 1985, surgiu o Ford Taurus, uma revolução em comparação com os carros anteriores da marca.
Lançado em versões sedã e perua, o modelo surgiu para substituir o longevo LTD.
Media 4,78 m no sedã e 4,87 m na perua, chamando atenção pelos grandes faróis e ausência de grade, com o logo da Ford vazado.
Com um desenho bem equilibrado, o Ford Taurus incluía um bom espaço interno e porta-malas generoso, especialmente na perua familiar.
Apesar de seu porte e importância, o modelo nasceu fraco em termos de potência.
O motor HSC 2.5 de quatro cilindros, por exemplo, rendia apenas 90 cavalos e tinha câmbio manual ou automático de 3 marchas.
Como comparação, o Opala de quatro cilindros da época, no Brasil, tinha 88 cavalos num motor anos mais velho.
A opção seguinte do Ford Taurus era o V6 3.0 Vulcan com 140 cavalos, que era equipado com câmbio manual ou automático com 4 marchas.
O V6 3.8 Essex tinha a mesma cavalaria, porém, mais torque, chegando em 1988 no modelo.
Rápido mesmo era o Ford Taurus SHO, versão de desempenho que tinha um V6 3.0 da Yamaha e feito pela Mazda.
Este propulsor tinha 220 cavalos e permitia ir de 0 a 96 km/h em 6,6 segundos.
O Ford Taurus da primeira geração também ficou conhecido como o carro do seriado Robocop.
Ford Taurus – segunda geração “Par de chinelos”
Em 1991, o Ford Taurus ganhou sua segunda geração, que ficaria famosa no seriado Arquivo X.
O designer-chefe da Ford e líder do projeto, Jack Telnack, chamou essa geração e a anterior de “Par de chinelos”.
O sedã mantinha suas formas básicas com linha de cintura reta e vidros bem distribuídos.
As ficaram mais arredondadas e aerodinâmicas, preservando-se a ausência de grade, mas agora com faróis mais afilados.
A plataforma DN5 da Ford era compartilhada igualmente com o Mercury Sable, seu irmão da outra marca da Ford.
No entanto, ganhou também um irmão da Lincoln, o mais recente Continental.
A minivan Windstar tinha a mesma plataforma.
O entre eixos era apenas 1 cm maior, ficando assim com 2,69 m.
Porém, o porte do Ford Taurus subiu para 4,87 m no sedã e 4,90 m na perua.
A perua chamava atenção por sua traseira longa e com vigia bem alta, além de lanternas bem estreitas.
Essa geração do modelo adicionou airbag duplo de série em 1993, sendo o primeiro carro de sua classe a ter isso nos EUA.
O Ford Taurus manteve os motores Vulcan e Essex, mas o SHO ganhou um novo V6 3.2 da Yamaha.
Essa versão tinha um aspecto exótico, com faróis retangulares enormes e espaço onde ficaria a grade, bem diminuído.
Seu propulsor rendia os mesmos 220 cavalos do anterior, mas vinha com mais torque. O câmbio passava a ser somente automático de 4 marchas, mesma quantidade das demais versões.
O Ford Taurus dessa geração chegou ao Brasil com motores Vulcan 3.0 e SHO 3.2, com 141 cavalos e 223 cavalos, respectivamente.
Ford Taurus – terceira geração “Boleado”
Em 1996, a Ford decidiu mergulhar de cabeça na onda New Age e converteu o Taurus em um modelo da moda.
Simplesmente, o Ford Taurus passou de um “Par de chinelos” um forma boleado, completamente arredondado.
Pode-se dizer que não havia mais nada retilíneo no modelo, exceto os frisos das portas…
Frente baixa e curvada, assim como o porta-malas, o Taurus III tinha até o teto acompanhando as formas ovalizadas.
Os faróis eram circulares e uma discreta grade se apresentava.
O desenho exótico logo gerou apelidos como “Bubble” ou “Submarine”.
A Ford reconheceu até a ciências não convencionais para escolher o melhor dia de lançamento desse carro.
Porém, em 1997, o desenho controverso desse Ford Taurus provou-se ineficaz diante dos conservadores japoneses.
O modelo perdeu a liderança de mercado para o Toyota Camry e de quebra o segundo posto para o Honda Accord.
Suas janelas ovaladas viram seus rivais passarem à frente e não houve mais reação por parte do modelo americano.
Equipado ainda com o Vulcan V6 3.0, o Ford Taurus ganhou o novo Duratec V6, que entregava 203 cavalos.
Foi essa versão que a Ford comercializou no Brasil em 1997.
Com esse propulsor, o Taurus Duratec ia de 0 a 100 km/h em 8,9 segundos e com máxima de 219 km/h.
Sempre automático, foi o primeiro a perder o câmbio manual.
No mesmo ano de lançamento, a Ford decidiu exagerar na dose com o Taurus SHO.
Embora muito mais discreto que o anterior, o sedã de alto desempenho trocou o V6 3.2 SHO por um insólito V8 SHO 3.4.
Sim, um V8 montado de lado e com câmbio automático de quatro marchas.
Com 240 cavalos e ainda feito junto com a Yamaha, esse motor teve graves problemas de correia dentada.
A tração era evidentemente nas quatro rodas.
O exagero da Ford não se repetiria novamente e até o SHO parece ter sido prejudicado com isso, visto que saiu de linha em 2000.
A Ford do Brasil também parou a importação do Taurus pouco antes disso, encerrando qualquer pretensão de sedã grande por aqui.
Ford Taurus – quarta geração “New Age conservador”
Em 2000, a Ford resolveu por o pé no chão e converteu o “Bubble” em “New Age conservador”.
Essa era a descrição para a quarta geração do Ford Taurus, que foi visualmente simplificada.
Com o objetivo de tornar o carro mais popular, ele manteve parte das linhas arredondadas, mas agora com layout mais funcional.
A esperança da Ford era que sua linhagem de estilo New Edge faria a atração voltar para o modelo.
Sem o “esportivo” SHO, restou ao sedã manter a perua, que era tão feia quanto a anterior, persistindo em janelas ovaladas.
Os motores Vulcan e Duratec, ambos V6 3.0, foram mantidos também, assim como as caixas automáticas de 4 marchas.
O tamanho do Ford Taurus era de 5,01 m de comprimento e 2,75 m de entre eixos, iguais aos da geração anterior.
A Ford fez alterações no interior e outras pequenas melhorias.
Porém, após o facelift de 2004, as vendas despencaram.
O Taurus caiu logo para a quarta posição, perdendo para o Nissan Altima.
Assim, sem reação, a Ford eliminou a perua em 2004 e em seguida, o modelo deixou de ser vendido no varejo.
Apenas frotas recebiam o sedã em 2006, vendendo para clientes comuns apenas no Canadá.
Em 2007, a Ford decidiu por um fim no Taurus em definitivo, encerrando sua produção sem festa.
Ford Taurus – quinta geração “Five Hundred”
Com o fim do Taurus, a Ford imaginava que a dupla Fusion e Five Hundred ocuparia bem seu espaço.
O primeiro é o modelo que chegou ao Brasil, mas o segundo era um estranho sedã grande nos EUA.
O Five Hundred (500) era uma recriação inspirada no clássico Galaxie 500, que nós tivemos também.
Porém, ele parecia mais o Ford Mondeo europeu em tamanho grande, já que media 5,09 m.
Ele já existia desde 2004 e era mais refinado que o Taurus que havia saído de cena.
Allan Mullaly, presidente da Ford, achou que a morte do Taurus fora precipitada.
Em 2008, surgira um protótipo da próxima geração do Five Hundred.
Mullaly olhou para esse carro com outros olhos e disse que ele poderia restaurar o nome Taurus.
Era um carro bem moderno, com teto curvado e bom área envidraçada.
Decisão tomada, o Five Hundred atualizado virou Taurus e ainda trouxe de volta o Mercury Sable.
O novo SUV FreeStyle foi renomeado Taurus X.
Esse Taurus de quinta geração substituiu pela primeira vez o Crown Victoria, tornando-se o topo da linha da Ford.
Com frente dotada de lâminas cromadas na grade e faróis grandes, o modelo agora era realmente de luxo.
Ele recebeu um motor V6 Cyclone 3.5 com tecnologia EcoBoost, que entregava 268 cavalos e tinha câmbio automático Aisin de 6 marchas.
Havia opção de tração AWD e o sedã ganhou um novo material acústico para reduzir enormemente o ruído interno.
No entanto, esse Ford Taurus “500” não durou muito, tendo sua produção durado menos de dois anos.
Sexta geração “O último americano”
Em 2010, surgiu a sexta geração do Ford Taurus com um desenho mais musculoso e robusto.
Foi a geração que mais durou (nove anos) e foi definitivamente o último carro de passeio topo de linha da Ford.
Com 5,15 m de comprimento e 2,86 m de entre eixos, aproveitou a plataforma anterior, melhorada.
Foi o Taurus que mais teve motores, usando o Cyclone 3.5 de 268 cavalos, o atual de 292 cavalos e o EcoBoost 3.5 de 370 cavalos.
Usou ainda um Cyclone 3.7 de 310 cavalos no Ford Police Interceptor, sua versão policial. O EcoBoost 2.0 de 243 cavalos foi usado igualmente por algum tempo. Só teve câmbio de seis marchas e deixou a linha de montagem em 1 de março de 2019.
Sétima geração “Chinês”
Menor e usando a plataforma CD4 do Fusion/Mondeo, o sétimo Ford Taurus tomou forma na China em 2016.
O sedã, aparentado com o irmão menor, tem 4,99 m de comprimento e 2,95 m de entre eixos, o maior de sua história.
Dando continuidade ao modelo, o Ford Taurus chinês usa motores 1.5, 2.0 e 2.7 V6, todos EcoBoost, além de câmbio de seis marchas.
Essa geração do Taurus foi atualizada recentemente e manterá o legado o sedã norte-americano, que morreu diante da ascensão dos SUVs.
Muito em breve, os estoques do Taurus se encerrarão nos EUA e não há planos para vender o chinês na “América”.
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