Há 12,8 milhões de desempregados no Brasil segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) mais recente, equivalente a 12% da população economicamente ativa. Esse número sobe para próximo de 30 milhões, considerando-se os subutilizados (qualificados que estão em subempregos) e desalentados (que desistiram de procurar emprego).
Cerca de 24,1 milhões de brasileiros estão trabalhando “por conta própria”, em atividades exigentes de pouca qualificação e geradoras do menor rendimento. Levantamento da consultoria IDados mostrou: 10,1 milhões vivem com menos de um salário mínimo por mês, e 3,6 milhoes vivem com R$ 300 por mês.
Vandson Lima e Raphael Di Cunto (Valor, 27/08/19) informa: a avaliação negativa do capitão despreparado para o cargo, eleito por conta de uma facada, escalou 20 pontos percentuais de fevereiro a agosto e atingiu 39,5%, de acordo com pesquisa feita pelo instituto MDA, contratada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e divulgada ontem. A avaliação regular foi de 29,1%. Embora o sujeito envergonhe o País, ele mantém um núcleo duro de apoio por parte de gente ignorante como ele, alcançando 29,4%.
A sondagem também aponta 53,7% desaprovam o desempenho pessoal de quem falta com o decoro, enquanto 41% aprovam: outra queda considerável de popularidade, porque apenas 28% reprovavam o desempenho de Bolsonaro há seis meses e 57% aprovavam, provavelmente, alienados da política.
As piores ações do governo, para os entrevistados, são:
- o decreto das armas,
- o uso de palavras ofensivas e comentários inadequados,
- o contingenciamento de verbas da educação e a influência dos filhos na gestão.
Quanto ao nepotismo, a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, a embaixador do Brasil nos Estados Unidos também é amplamente rejeitada: praticamente três em cada quatro brasileiros consideram a medida inadequada.
- Para 39,1%, os decretos de liberação da posse e porte de armas e as ações nesse tema são o que há de pior até agora no governo.
- Para 30,6%, o pior é o uso de palavras ofensivas e comentários inadequados.
- Somam 28,2% os que consideram o principal problema ser o contingenciamento de verbas da educação.
- Para 24,4%, é deixar os filhos darem opinião sobre integrantes e ações de seu governo.
Cada entrevistado podia responder duas vezes.
Outras ações criticadas são:
- o avanço da reforma da Previdência (16,7%),
- a escolha dos ministros (10,3%) e
- o uso desnecessário de redes sociais (10,3%).
Já entre as ações positivas do governo, destacam-se a idiotia de quem não tem consciência do malfeito a si e aos outros:
- o combate à corrupção (29,6%) e
- questões relacionadas à segurança (27,5%).
O ministro da Justiça, Sérgio Moro, embora demostrada sua parcialidade em julgamentos do candidato favorito para a eleição de 2018, ganhando um “carguinho” em função disso, e apesar de desprestigiado pelo Palácio do Planalto, ele se mantém em alta com a população, devido ainda à intensa campanha midiática para exaltá-lo contra o Lula e o PT.
Também foram citados coisas medíocres como: o fim do horário de verão (18,1%), a redução do número de ministérios (16,1%), avanços na Reforma da Previdência (15,1%), o decreto de acesso a armas de fogo (10,1%) e o acordo comercial entre Mercosul e a União Europeia (8,5%).
A maioria da população avalia a Lava-Jato estar beneficiando o país, mas está dividida sobre a isenção da operação. Somam 51% os que disseram que a operação está beneficiando o país e só 16,8% que está prejudicando o Brasil. Aquela metade parece não ler o Vaza-Jato.
Os entrevistados ficaram divididos sobre a isenção do atual ministro da Justiça e dos procuradores. Para 42,2%, o fato coloca em dúvida a imparcialidade da operação, enquanto 41,7% não concordam com isso. As conversas não são motivo para a soltura dos condenados pela operação na opinião de 68,3%. Ainda vivemos tempos de culpar bodes-expiatórios para os problemas nacionais.
Apesar de as mensagens de celular terem sido obtidas de forma ilegal, por meio de um hacker, 47,2% afirmam: ainda assim deveriam ser usadas para questionar Moro e o procurador Deltan Dallagnol “porque o importante é o conteúdo”. Já 34,6% afirmaram que não poderiam ser usadas.
A maioria dos entrevistados, 52%, diz: Moro não deveria deixar o cargo de ministro. A saída dele é apoiada por 35,3%.
Eduardo Bolsonaro ainda não teve a indicação formalizada. Mas a depender do apoio popular, não iria à frente. Somam 72,7% os que responderam que Bolsonaro não deveria nomear membros de sua família para cargos como esse. Já 21,8% disseram que a escolha é adequada, pois o presidente tem a prerrogativa de indicar qualquer pessoa.
Para 9,5%, Bolsonaro está cumprindo totalmente as promessas de campanha. A capacidade do governo se relacionar com o Congresso é avaliada negativamente. Para 55,6%, Bolsonaro não tem conseguido negociar projetos importantes para o país.
A maioria da população é contra a reforma da Previdência aprovada pela Câmara dos Deputados e acredita que a proposta beneficiará mais os mais ricos. Dos entrevistados, 52,7% são contrários ao projeto e 36,6% favoráveis. A opinião de 45,4% é que a reforma beneficiará os mais ricos, enquanto 6% dizem que beneficiará os mais pobres.
A maioria da população (55%) diz que não aceitaria redução de salário para conseguir ou manter um emprego, enquanto 34,5% estariam dispostos a isso se necessário. Parte do discurso do candidato eleito por acaso presidente, em campanha, a redução “de alguns direitos trabalhistas” para manter ou conseguir um emprego é rejeitada por 60,6% e apoiada por 29%.
Foram ouvidas 2.002 pessoas para a sondagem, em 137 municípios entre os dias 22 e 25 de agosto. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
Amazônia Queima, Economia Derrete e Governo Cai publicado primeiro em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com
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